É fácil encontrar uma estratégia que não nos agrade, basta que ela não tenha um retorno positivo no longo prazo. No entanto, uma estratégia que traz retorno positivo no longo prazo pode não ser interessante para todo o tipo de investidor. Tudo dependerá de como o risco da estratégia se comporta, lembre-se sempre de que no mercado o que mais vale não são os valores absolutos, mas, sim, a relação de risco versus retorno.
De que adianta arriscar mil reais para conseguir apenas um real? No entanto, arriscar mil reais para conseguir mais mil reais já se torna algo atrativo a depender do perfil e das chances de alcançar o objetivo. Com isso em mente, temos que saber como analisar um resultado estatístico para saber se as estratégias estão sendo viáveis e tendo retornos aceitáveis ou não.
Em geral, ao finalizar e olhar para estatísticas de uma estratégia, a primeira coisa que salta aos olhos de um investidor é a taxa de acerto. Para a maioria das pessoas, é simples: mais de 50% de acerto, é uma boa estratégia; menos de 50%, uma estratégia ruim. Isso não é sempre verdade, depende justamente de como se comporta o risco versus retorno de uma estratégia. Por exemplo, para uma estratégia em que o alvo e o stop de uma operação se encontram em uma relação de 2 para 1 (um alvo é equivalente a dois stops), a estratégia terá zero de retorno com 33% de acerto, isso é, se acertar apenas um terço das operações, você ainda ficará no zero a zero! Ao mesmo tempo, uma estratégia que tenha a relação inversa, de 2 para 1 entre stop e alvo (um stop é equivalente a dois alvos), terá zero de retorno com 66% de acerto, ou seja, uma taxa maior que 50% de acerto ainda não garantiria o sucesso, seriam necessários 66% para sair apenas no zero a zero!