Robôs nada mais são do que programas feitos para facilitar a nossa vida, seja para automatizar ordens que nós poderíamos executar ou para possibilitar execuções impossíveis para as habilidade motoras humanas. Com essa definição, já se pode notar que existe uma infinidade de robôs e a imaginação do operador é o limite, então o intuito dessa aula não é catalogar essas inúmeras possibilidades, mas ajudá-lo a desenvolver um senso analítico para eventualmente notar a atuação de algum robô que gere insights para as suas operações.
Nas aulas anteriores, citamos algumas vezes os robôs VWAP e TWAP, pois são os mais comuns para agredir ordens grandes, juntamente com as ordens icebergs (podemos considerar como um robô também), comuns para posicionar ordens grandes. Então, para tornar essa aula mais concreta, vou citar alguns exemplos de variações desses robôs que já me deram boas oportunidades.
Há alguns anos, quando ainda operava ações, encontrei um robô que posicionava uma ordem expressiva no book e, após algum tempo, sem que a ordem fosse executada, ela era cancelada do book e agredida a mercado. Dessa forma, toda vez que uma ordem grande daquele player era posicionada no book, eu sabia que ela seria executada, fosse posicionada ou a mercado, então podia contar com a sua influência na dinâmica de negócios. Até hoje, noto isso acontecendo em contratos futuros. Na prática, os operadores de mesa recebem uma ordem do cliente para executarem tantos lotes em um certo intervalo de preço, então, se eles não conseguem executar essa ordem posicionada, é comum mudarem a tática após alguns segundos para executá-la a mercado.