Há um velho ditado que diz “uma andorinha só não faz verão” e frequentemente o uso para explicar que apenas um player não tem condições de mover uma tendência no mercado, especialmente nos contratos futuros, em que as ordens são bem mais alavancadas. Claro que existem exceções e, em alguns casos isolados, um único player com muito volume tem condições de conduzir os preços, mas, na maioria das vezes, o que notamos é a presença de múltiplos players atuando em ambas as direções, nas mais variadas intensidades e com diferentes durações. Aliás, é justamente esse fator que torna a análise de fluxo mais difícil de se aprender do que a análise técnica, por exemplo.
Como você ainda está aprendendo tape reading, é natural que os exemplos que apresentamos aqui sejam completamente isolados, até mesmo para facilitar a sua compreensão. No entanto, na vida real, irá se deparar com um mercado aparentemente caótico, do ponto de vista do fluxo de negócios, com centenas ou até milhares de contratos sendo negociados por minuto. Aliás, como citado anteriormente, vale frisar que a maior parte do tempo o mercado de fato é caótico, sem nenhuma possibilidade de leitura clara, e nós procuramos atuar em pequenas brechas de oportunidades em que o contexto de fluxo faz algum sentido para nós. É justamente em uma dessas janelas de oportunidades que podemos encontrar o conceito de parceria, possível tanto em papéis como em contratos futuros.
Sabendo que o preço se move basicamente por conta das agressões (compras e vendas a mercado) e tem dificuldade de se mover quando as defesas (compras e vendas posicionadas no book) são fortes, chegou a hora de entender que existem múltiplos players atuando ao mesmo tempo e distribuídos nessas quatro possibilidades: agressões de compra, agressões de venda, defesas de compra e defesas de venda.