Diferenças em relação ao day trade
A vida de um swing trader é bem mais fácil se comparada à de um day trader. É necessário mais capital para poder abrir três ou mais operações é verdade, mas, por outro lado, o desgaste emocional é menor, o tempo dedicado ao acompanhamento do mercado também, e não há necessidade de uma plataforma muito sofisticada (para simulação, por exemplo, basta papel e caneta). Além disso, quem opera prazos maiores pode contar com as recomendações de analistas, algo que, no day trade, é complicado por causa do timing (o analista dá o call da operação, mas nem todos conseguem entrar a tempo) e da liquidez (nem sempre existe lote disponível para todos no book de ofertas). Dito isso, partindo para a prática, como um swing trader pode se desenvolver no mercado?
Garimpo de ativos
A curva de aprendizado para quem opera tempos maiores acaba sendo igual à de um day trader (alguns meses) não por conta da complexidade a ser assimilada, mas pela duração natural de cada trade. Além disso, há um ponto que difere drasticamente, especialmente em relação a quem faz day trade em contratos futuros: enquanto os traders de índice ou dólar só têm esses campos específicos de atuação, parte do trabalho de um swing trader consiste justamente em “garimpar” uma ação que apresente uma boa oportunidade. Então, considerando somente os ativos mais líquidos, existem dezenas de possibilidades (ativos) disponíveis no mercado, assim, com tanta alternativa, mesmo um trader com um repertório técnico mais pobre pode encontrar algumas oportunidades. Por exemplo: suponhamos que o iniciante domine apenas topos/fundos duplos como estratégias de reversão e bandeiras de alta/baixa como estratégias de continuidade. Nesse caso, ele pode procurar no mercado apenas os ativos que se encaixam nessas leituras naquele momento. Assim, com o tempo, vai ampliando seu repertório técnico, incluindo novos padrões, alguns indicadores e até insights macros e fundamentalistas.
Como começar
Sobre a operacionalização desse desenvolvimento, no começo, o trader pode usar uma plataforma para fazer as análises e simular suas operações, fazendo anotações em uma planilha ou um pedaço de papel (caderno). Então, conforme se sinta mais seguro (eu sei que é uma definição subjetiva, mas cada um tem seu ritmo e segurança na medida em que aprende mais sobre o mercado e domina mais técnicas de análise) pode partir para o mercado real. No início, pode abrir operações no mercado fracionário (lembre-se que o foco do iniciante não é ganhar dinheiro, mas, sim, experiência) e, assim que perceber alguma consistência em seus resultados, entender o que vem funcionando melhor para você, já pode partir para operações com lotes inteiros e montantes maiores. Entenda que, apesar de o swing trade ser mais simples que o day trade, as diretrizes gerais são as mesmas: aprender inicialmente, aumentar a mão gradativamente, seguir ampliando seu repertório técnico, gerir os ganhos de forma a perder o mínimo possível, não devolver os ganhos conquistados e ampliar as metas conforme os resultados aparecerem.