Como funciona o mercado de ações: Guia completo para entender a Bolsa de Valores
O mercado de ações é um grande ambiente de negociações em que compradores e vendedores se encontram diariamente para negociarem seus ativos, por preços regulados diretamente pela lei da oferta e demanda. Entenda neste post como ele realmente funciona, que tipos de ativos ele engloba e como investir!
O que vamos discutir neste post?
- Afinal, o que é mercado de ações?
- Como funciona o mercado de ações?
- Como é feita a negociação na bolsa de valores?
- Por que uma empresa abre um capital na bolsa?
- Como funciona o mercado de ações nas negociações?
- Principais objetivos do mercado de ações
- Tipos de ações
- Como investir no mercado de ações?
- Quais as vantagens de investir no mercado de ações?
- Há riscos ao fazer a compra de ações?
- 3 recomendações para quem busca entender como funciona investir em ações
- Quanto custa investir em ações?
- Dúvidas frequentes
- Conclusão
Afinal, o que é mercado de ações?
Para entender como funciona o mercado de ações é necessário, primeiramente, entender o que ele é.
Esse mercado nada mais é do que um grande ambiente de negociações de empresas, em que compradores e vendedores se encontram diariamente para negociarem seus papéis, de diversas maneiras e por diversos motivos.
Existem aqueles que buscam apenas especular, e realizam compras e vendas em prazos curtíssimos.
Mas também existem aqueles investidores que carregam suas ações por décadas, e finalmente encontraram o momento de se desfazer delas, após uma grande valorização - caso sua estratégia tenha sido bem sucedida.
Todos os dias existem pessoas ganhando muito dinheiro nessas negociações, mas também existem aqueles que não tiveram a mesma sorte…
Enfim, é possível encontrar de tudo no mercado de ações. Ganhadores, perdedores, investidores de longo prazo, day traders, especuladores, iniciantes, “peixes grandes”...
As empresas negociadas no mercado de ações são chamadas “empresas de capital aberto”. Mais à frente você vai entender porque elas escolheram fazer parte da Bolsa de Valores, então fique tranquilo.
Essas companhias, para fazerem parte do mercado, devem obedecer a regras estabelecidas pela B3 e pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários. Isso garante a segurança de todo o ambiente de negócios e do próprio investidor.
Se você acompanha os jornais e noticiários, já deve ter ouvido falar sobre a pontuação da Bolsa, a entrada e saída de investidores no Brasil, e muito mais. Tudo isso é importantíssimo para a economia brasileira, e neste post você vai entender como tudo isso funciona!
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Aprenda também:
- Melhores ações para Day Trade 2022: Quais são e estratégias para comprar e vender ações no mesmo dia
- Abertura do Mercado de Ações: confira os períodos de negociação
- Mercado de Ações para Iniciantes
- Leilão de Ações: Entenda como funciona, Tipos e Por que ocorre este tipo de negociação
Como funciona o mercado de ações?
Se você quer saber como funciona o mercado de ações, deve entender sobre suas principais características.
O mercado é o ambiente em que todas as negociações de diversos tipos de ativos ocorrem. É lá que os acionistas das maiores empresas do Brasil compram e vendem seus papéis diariamente.
Se você comprar uma ação da Vale - ou de qualquer outra companhia -, se tornará um acionista da empresa, e inclusive terá direito a parte dos lucros que a empresa vier a distribuir!
E para que essa organização funcione de maneira eficiente, existem algumas regras estabelecidas pela B3 - a Bolsa de Valores brasileira:
Códigos de ativos
O código dos ativos dentro da Bolsa de Valores é a maneira criada pela B3 de identificar, de uma só vez, a empresa negociada e o tipo de ação.
Esse código se altera de acordo com o tipo de mercado em que está sendo negociado. Vamos entender como eles são formados no mercado à vista e fracionário!
No mercado à vista, os códigos são compostos de 4 letras e um ou dois números no final.
As 4 letras indicam qual a empresa que está sendo negociada. Por exemplo:
VALE - Vale S.A.
ITUB - Banco Itaú
MGLU - Magazine Luiza
Após essas letras, aparece um número, que indica o tipo de ação.
O final 1 indica que essa é uma ação que oferece direito à compra desse papel (ordinário) com um prazo e preço pré-definido (direito de subscrição).
O final 2 é semelhante ao anterior, mas se refere a uma ação preferencial.
O final 3 é um dos mais comuns, e se refere a uma ação ordinária (ON). Ou seja, os detentores dessas ações são acionistas com direito a voto nas assembleias da empresa.
O final 4, assim como o anterior, é um dos mais comuns dentre todos, e indica que se trata de uma ação preferencial (PN). Ou seja, os acionistas detentores de ações preferenciais não têm direito a voto, mas têm preferência na distribuição de dividendos.
Os finais de 5 a 10 são pouco comuns e bem específicos; então, para não confundir, não vou comentar sobre eles aqui.
O último, porém não menos importante, é o final 11. Ele pode representar três coisas:
- Uma ação “Unit”, que, na realidade, é um conjunto de ações (PN e ON) negociadas de forma agrupada, de uma só vez.
- Um ETF.
- Um fundo imobiliário.
No mercado fracionário, as regras são exatamente as mesmas, porém com uma simples diferença:
A letra “F” é adicionada no final.
Agora, você já é capaz de entender qualquer código que encontrar! Vamos ver alguns exemplos:
ITUB3 – Ação ordinária do Itaú
MGLU4F – Ação fracionária e preferencial da Magazine Luiza
PETR4 – Ação fracionária da Petrobrás
Simples, não é mesmo?
Horários de negociações
O mercado de ações brasileiro, todo dia útil, abre às 10h e fecha às 18h. Dentro desse horário de funcionamento, existem diversos períodos diferentes de negociação, como vamos descobrir agora:
- 09:30h - 09:45h - Cancelamento de Ordens.
- 09:45h - 10:00h - Pré-Abertura.
- 10:00h - 16:55h - Negociação.
- 16:55h - 17:00h - Call de Fechamento.
- 17:30h - 18:00h - After market.
Esse é o horário de funcionamento do mercado de ações brasileiro durante a maior parte do ano.
No final do ano, por conta do final do horário de verão nos EUA, a B3 costuma estender o período de negociação até 17:55h e a call de fechamento até as 18:00h.
Isso acontece para que o nosso mercado abra e feche em momentos semelhantes ao americano.
De maneira geral, esse é o período de negociação existente no mercado à vista. Se quiser entender mais sobre cada um desses períodos, acesse meu artigo aqui no Blog do Portal do Trader: Abertura do Mercado de Ações: confira os períodos de negociação.
Proventos
Os proventos nada mais são que parte dos lucros das empresas em determinado período, que terão como objetivo remunerar os acionistas.
No final de cada período, a imensa maioria das empresas é obrigada pela CVM a distribuir, no mínimo, 25% de seu lucro líquido a seus acionistas. Essa remuneração será diretamente proporcional ao número de cotas que cada um tiver em sua carteira.
Esses proventos podem ser pagos de duas maneiras: dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP). A diferença entre eles não é muito relevante para ser explicada agora, já que se trata de conceitos contábeis.
Inclusive, o foco em dividendos, no longo prazo, é uma das principais estratégias de alocação de capital na Bolsa. Investir em empresas que pagam altos dividendos já provou ser uma ótima escolha para alguns tipos de investidores.
Como é feita a negociação na bolsa de valores?
Entender como funciona o mercado de ações exige compreender exatamente quem faz parte do mercado, como as negociações são feitas e como ele é regulado.
E é exatamente isso que vamos discutir neste tópico. Confira a seguir.
Entidades regulamentadoras
A principal entidade regulamentadora do mercado de ações é a Comissão de Valores Mobiliários – também conhecida como CVM.
Essa entidade é diretamente vinculada ao Ministério da Economia, e tem como função a regulação de todo o ambiente do mercado de capitais – assim garantindo a segurança, boas práticas e transparência de todas as partes envolvidas nas negociações.
A CVM é essencial para diminuir ao máximo possível o número de fraudes, golpes e roubos envolvendo o mercado financeiro. Ela atua, por exemplo, impedindo que leigos realizem recomendações públicas de investimentos.
Em resumo, a CVM está de olho em tudo que acontece no mercado. Ela impede que investidores ajam de má fé e que empresas enganem possíveis acionistas com resultados mascarados, e muito mais.
Como é feita a intermediação?
Como discutimos no começo do post, a Bolsa de Valores é o ambiente em que todas as negociações acontecem.
Mas para que nós, investidores comuns, possamos negociar nossas ações, precisamos de um intermediário: as corretoras de valores.
Essas instituições têm como principal objetivo intermediar todas as ordens de compra e venda de ativos no pregão da B3, e atuar como custodiante dos papéis.
- No post a seguir, nosso professor Caio Sasaki comenta muito sobre as corretoras e seu papel no mercado de ações: Como comprar ações: Tudo que Você Precisa Saber [Guia 2021].
Basicamente, para começar a investir, você deve criar uma conta em uma corretora de valores, que terá acesso direto ao pregão da B3, atuando como seu intermediário.
Na plataforma da corretora, você conseguirá negociar o que quiser através do Home Broker – ferramenta que permite a negociação diretamente do seu computador ou celular.
Além disso, essas instituições costumam ofertar outros serviços a você, como suporte, educação, recomendação de investimentos, e muito mais.
E quem são os investidores?
Qualquer um pode ser um investidor da Bolsa de Valores. Basta preencher os requisitos para criar uma conta em uma corretora e começar a investir!
Quando falamos que uma empresa é de capital aberto, é porque ela realmente está disponível para qualquer um que queira fazer parte do mercado de ações.
Existem investidores de todas as idades, desde pré-adolescentes até senhores da terceira idade (muitos deles que investem há décadas!).
Além desse tipo de investidor, chamado de investidor individual, existem também os investidores institucionais.
Esses são os “peixes grandes” do mercado. Podem ser considerados investidores institucionais os fundos de investimento e de pensão, que normalmente movimentam um grande volume de dinheiro de uma só vez.
Por que uma empresa abre capital na bolsa?
Uma empresa pode abrir seu capital na Bolsa de Valores por diversos motivos – desde o financiamento de projetos até a exposição da sua marca. É essencial saber disso para entender bem como funciona o mercado de ações.
Vamos conferir os 2 principais motivos que levam uma companhia a abrir seu capital.
Obter recursos financeiros
Esse é provavelmente o mais básico e mais importante motivo de todos: a obtenção de recursos financeiros com terceiros.
A contabilidade de uma empresa separa seu capital de duas maneiras: o seu capital próprio e de terceiros.
E como você pode imaginar, nem sempre é possível utilizar apenas o capital dos donos. Ele normalmente é injetado no começo da empresa e em mais alguns momentos, mas dificilmente é capaz de sustentar a escala da empresa no longo prazo.
Para isso, o capital de terceiros é necessário. E ele pode ocorrer de várias maneiras: através de empréstimos bancários, rodadas de investimentos ou pela abertura de capital na Bolsa de Valores.
Nessa última opção, a companhia coloca à venda no mercado uma porcentagem de seu quadro societário, abrindo mão, dessa forma, de participação em troca do capital necessário.
Ganho de visibilidade
Não há dúvidas: um processo de IPO (Initial Public Offer, ou seja, entrada da empresa na Bolsa) bem feito, com um marketing eficiente, traz uma grande visibilidade para a marca.
O próprio IPO, por si só, já atrai diversos investidores, que buscam boas oportunidades nessa primeira oferta pública.
Além disso, a empresa pode se aproveitar desse processo e utilizar o fato de ser uma empresa de capital aberto para reforçar a autoridade e a confiabilidade da sua marca – afinal, exige-se uma governança corporativa de qualidade para entrar na Bolsa.
Como funciona o mercado de ações nas negociações?
Como você já deve ter percebido, a Bolsa é um ambiente enorme, com oportunidades para todo tipo de empresa e investidor.
E para que você consiga entender ainda melhor como funciona o mercado de ações, chegou a hora de explicar os tipos de mercados existentes: o mercado primário, o secundário e o de balcão.
Vamos conferir!
Mercado primário e Mercado secundário
Para explicar esses dois primeiros mercados, vou recorrer a uma analogia simples, para que não restem dúvidas.
Quando você deseja comprar um imóvel, existem basicamente duas opções: comprá-lo diretamente de uma construtora “na planta” ou comprá-lo de alguém que esteja vendendo.
Concorda comigo que, na segunda opção, você está comprando a partir de um intermediário? Isso não ocorre na primeira opção, em que você negocia diretamente com a construtora.
E, no mercado de ações, não é nada diferente.
Quando você compra suas ações de outros investidores, não está indo direto no fornecedor dessas ações – no caso, a empresa. Por isso, dizemos que essas negociações entre investidores acontecem no mercado secundário.
No mercado primário, por outro lado, a empresa desempenha o mesmo papel da construtora vista no exemplo dos imóveis.
Ele é formado por negociações diretas entre a empresa emissora de papéis e os investidores. Um IPO, por exemplo, é um caso clássico de negociação do mercado primário.
Simples, não é mesmo? O mercado primário é aquele com negociações diretas entre empresa e investidor, e o secundário se trata de negociações apenas entre investidores.
Mercado de balcão
O mercado de balcão, por sua vez, é um ambiente de negócios muito parecido com a Bolsa que estamos acostumados, mas com algumas peculiaridades.
Para uma empresa ser listada no mercado de balcão, ela não precisa passar pela mesma burocracia extremamente rigorosa que a B3 e a CVM exigem para o mercado comum.
Por esse motivo, no mercado de balcão (também conhecido como OTC – Over the Counter), estão presentes empresas menores, sem tanta liquidez e não tão conhecidas como as grandes da Bolsa.
Esse mercado pode trazer boas oportunidades para investidores experientes, que buscam diversificar seu portfólio de ações.
Se você é um iniciante, recomendo que mantenha distância do mercado de balcão, e que ganhe experiência primeiro no mercado comum.
Principais objetivos do mercado de ações
O mercado de ações traz oportunidades para todos que participam dele.
Seja você um investidor individual, um grande empresário ou simplesmente um cidadão comum, saiba que a Bolsa de Valores influencia diretamente na sua vida, mesmo sem você perceber.
Vamos entender agora como isso funciona, estudando os principais objetivos do mercado:
Para as empresas
Como já falamos em tópicos anteriores, as empresas conseguem financiar diversos de seus projetos e operações através do mercado de capitais.
A depender da situação, a abertura de capital na Bolsa pode ser mais vantajosa do que os empréstimos bancários ou venda de sua participação para fundos, por exemplo.
Para os investidores
Para os investidores – sejam eles individuais, como eu e você, ou institucionais –, o mercado de ações possibilita a preservação e a multiplicação de patrimônio e a especulação financeira.
Se você não pretende depender da aposentadoria do Governo quando chegar a hora de parar de trabalhar, uma estratégia de “carteira previdenciária” pode ser uma boa escolha. Nessa estratégia, você deve focar na compra de empresas grandes e estáveis, conhecidas como “Blue Chips”.
Assim, sua carteira não será alvo de muita volatilidade, de modo a possibilitar preservação e multiplicação do seu patrimônio ao longo dos anos.
Mas, se busca lucros no curto prazo, a Bolsa também é o lugar certo para você!
Existem modalidades de investimento como o Day Trade e o Swing Trade, que se baseiam em operações de curto prazo, com base na especulação financeira.
Enfim, seja lá qual for seu perfil e objetivo, saiba que a Bolsa de Valores pode atendê-lo!
Para a economia
Se você acompanha o noticiário, já deve ter ouvido falar sobre a pontuação da Bolsa de Valores, as quedas e as subidas no mercado, a entrada e a saída de investidores, e muito mais.
Mas como isso realmente afeta a economia?
A resposta é mais simples do que parece…
Hoje, vivemos em um mundo totalmente conectado, principalmente quando nos referimos ao aspecto econômico.
A Bolsa de Valores é composta pelas maiores empresas do Brasil, que empregam milhões de trabalhadores, da menor até a maior qualificação profissional.
De maneira geral, se a Bolsa vai bem, isso significa que as empresas que dela participam também vão. E o bom resultado das empresas representa maiores investimentos em sua cadeia produtiva, avanço tecnológico, mais empregos, maior competição na economia, e muito mais. É dessa forma que o mercado funciona.
Além disso, o bom resultado das empresas brasileiras costuma atrair investidores estrangeiros.
Em suma, a Bolsa de Valores é um grande termômetro da economia brasileira. Se ela vai bem, é porque as empresas também vão; o que acaba beneficiando a todos.
Tipos de ações
No tópico sobre códigos das ações, falamos um pouco sobre os principais tipos de ações, mas sem nos aprofundarmos muito no assunto.
Agora, você vai entender melhor o que são ações ordinárias, preferenciais e Units, e ainda descobrirá o que são as chamadas “Blue Chips” e as “Small Caps”! Vamos conferir:
Ações ordinárias
As ações ordinárias (ON) são aquelas que garantem ao acionista o direito a voto nas assembleias privadas das empresas.
Não importa quantas ações ordinárias tenha, você pode votar em qualquer assembleia realizada pela empresa em que é acionista. Entretanto, saiba que o poder do seu voto é proporcional ao número de ações que possui. Os acionistas com grande participação na empresa naturalmente terão votos mais decisivos.
Você consegue encontrar as ações ordinárias no mercado apenas buscando ativos com o final “3”, como ITUB3, MGLU3, etc.
Caso a empresa possua tanto ações ordinárias quanto preferenciais (o que nem sempre acontece, muitas empresas só têm ações ON), as ordinárias tendem a ter uma liquidez menor, como veremos a seguir.
Por isso, se liquidez é um fator decisivo para você, recomendamos prestar bastante atenção ao próximo tipo de ação.
Ações preferenciais
As ações preferenciais (PN), por sua vez, são aquelas que garantem preferência no pagamento de proventos ao acionista.
Isso não significa que apenas os acionistas preferenciais têm direito aos dividendos e JCP; mas, sim, que eles, como o próprio nome diz , têm uma preferência, normalmente recebendo valores um pouco maiores.
Elas costumam ter mais liquidez e ser mais negociadas no mercado, pois a grande maioria das pessoas não tem capital o suficiente para comprar uma participação relevante na empresa, tornando as ações ordinárias muito menos atraentes.
As ações preferenciais podem ser identificadas dentre os ativos que terminam com o número 4, como ITUB4, LAME4, e etc...
Units
As Units funcionam de uma maneira um pouco diferente. Na realidade, são um grupo de diversas ações de uma mesma empresa (tanto ON quanto PN). A distribuição desses dois tipos de ações em um agrupamento varia de empresa para empresa.
Assim, ao comprar Units, você poderá ter direito tanto a voto em assembleias quanto à preferência no pagamento de proventos (sempre proporcionais à quantidade de ativos que você possui).
Esse tipo de ação pode ser identificado dentre os ativos terminados com o número 11, como BIDI11, por exemplo. Mas lembre-se: o final 11 não é exclusivo das Units. ETFs e fundos imobiliários também adotam esse final em seus respectivos códigos.
Blue chips
Se você já jogou pôquer alguma vez, entenderá o porquê desse nome. No jogo, as fichas azuis são as mais valiosas dentre todas disponíveis. Por esse motivo, as empresas mais capitalizadas do mercado são chamadas de Blue Chips.
São aqueles verdadeiros titãs da Bolsa de Valores: Itaú, Vale, Banco do Brasil, Bradesco, Petrobrás, etc. São grandes organizações, com bastante influência no seu setor e na economia como um todo.
Por isso, costumamos dizer que são empresas seguras de se investir, pois já cresceram praticamente tudo o que tinham para crescer, e provavelmente não passarão por alguma grande oscilação nos próximos anos.
Mas cuidado: isso não significa que são isentas de riscos!
Essas empresas costumam ser boas pagadoras de dividendos, pois não precisam mais guardar seus lucros para crescer. Por isso, estão sempre presentes nas carteiras previdenciárias e nos portfólios daqueles que buscam uma renda passiva no futuro.
Small caps
As Small caps são o oposto das Blue Chips: são classificadas dessa maneira empresas com valor de mercado menor que US$ 3 bilhões.
Agora você pode estar se perguntando: “mas, Augusto, como assim uma empresa que vale US$ 3 bilhões não é gigante?”. Só para você ter uma noção, o Banco Itaú, um dos maiores do Brasil, vale cerca US$ 38 bilhões. Pouca coisa, não é mesmo, rs?
Essas empresas com menor capitalização também têm como característica a alta volatilidade e potencial de crescimento.
Muitos investidores aportam seu dinheiro nessas empresas esperando seu “growth”, ou seja, que elas valorizem com o passar do tempo.
Como investir no mercado de ações?
A Bolsa de Valores é um ambiente com opções para todos os tipos de investidores: desde os conservadores até os mais arrojados.
Vamos falar agora sobre como realmente investir na Bolsa, discutindo os principais tipos de investimentos disponíveis para você, investidor individual.
Fundo de ações
Os fundos de ações são um dos investimentos mais conhecidos de todo o mercado, principalmente por conta de sua simplicidade.
A grosso modo, investir em um fundo de ações é, basicamente, comprar uma participação em um portfólio de ações gerenciado por um gestor profissional.
Este, por sua vez, é remunerado de acordo com o rendimento dessa carteira – por esse motivo, o bom desempenho da carteira é do interesse de todos.
Eles podem ser boas opções para investidores com pouco conhecimento de mercado, ou que não têm muito tempo para montar uma carteira diversificada e acompanhar todos os papéis.
Ao investir no fundo, você abre mão de um pouco do seu rendimento – como pagamento ao gestor – mas consegue aportar em uma carteira diversificada.
Entretanto, nem tudo são flores…
Existem muitos fundos que cobram taxas de administração extremamente elevadas, e acabam prejudicando os cotistas mais do que deveriam. Desse tipo de fundo, você deve ficar longe.
Mas, se você ainda não tiver capital suficiente para diversificar seu portfólio e nem conhecimento para tal, muitas vezes, confiar em um bom gestor pode ser uma opção interessante.
ETFs (Fundos de Índices)
Os ETFs são ativos muito semelhantes aos fundos de ações, mas possuem um índice de mercado como referência.
Ou seja, ao invés de o gestor ter liberdade para montar o portfólio do fundo de acordo com sua própria estratégia, ele deverá tentar ao máximo replicar a composição de algum índice escolhido como benchmark. Ou seja, se um ETF escolhe o Ibovespa como referência, só resta ao gestor uma opção: montar sua carteira o mais semelhante possível com a composição do Ibovespa.
Existem ETFs de dois tipos:
- ETF de Renda Fixa;
- ETF de Renda Variável.
A diferença entre ambos é bem simples: enquanto o primeiro utiliza-se de índices de renda fixa como referência; o segundo faz uso de índices de renda variável como benchmark.
São ativos altamente voláteis, com boa diversificação de portfólio e que podem ser muito interessantes para determinadas estratégias.
Compra direta de ações
A compra direta de ações, também conhecida como “Stock Picking”, é uma das modalidades de investimentos mais praticadas no mercado.
Ela é muito simples de se entender: o stock picker não dependerá de um gestor para montar sua carteira, e muito menos de um fundo internacional. Nesse caso, você, com sua própria estratégia e conhecimento, irá montar seu próprio portfólio.
Isso logo de cara nos traz uma vantagem e uma desvantagem:
- Você pode personalizar mais a sua carteira, adequando-a às suas necessidades e circunstâncias;
- Mas dependerá única e exclusivamente da sua capacidade de análise e julgamento.
Se você é um investidor experiente, que entende como o mercado funciona e sabe analisar os ativos de seu interesse, nada disso deve ser um problema.
Mas, se você é um iniciante, dificilmente conseguirá tomar as melhores decisões, e pode acabar perdendo dinheiro ao escolher as ações erradas. No entanto, existe uma solução para isso…
Essa solução é o acompanhamento direto de um assessor de investimentos. Esse profissional é responsável por acompanhá-lo nos seus investimentos e nas suas operações, auxiliando a tomar as melhores decisões tendo em vista todos os seus objetivos.
Ou seja, um dos objetivos de um assessor de investimentos é ajudá-lo a performar melhor na Bolsa de Valores, tomar as melhores decisões de investimentos e minimizar suas perdas.
Particularmente recomendo a assessoria de investimentos da qual faço parte, o Portal do Investimento, instituição associada à XP Investimentos. Lá, você pode ser atendido por mim e pelos melhores profissionais do mercado!
Opções
As Opções nada mais são do que contratos de compra e venda de determinados ativos por um valor pré-determinado.
Resumidamente, existem dois objetivos possíveis que você pode ter ao investir em opções:
- Especulação;
- Proteção de carteira.
Entretanto, esse ativo não é recomendado para iniciantes. Eu realmente aconselho a não chegar perto das Opções antes de conhecer melhor o mercado, pois se trata de um ativo altamente alavancado – o que pode ser ótimo para quem sabe o que está fazendo e péssimo para quem está se aventurando….
Por ser um assunto que demandaria mais tempo para explicar totalmente, prefiro indicar este artigo escrito pelo nosso professor Edu Becker, aqui do Portal do Trader: Investir em Opções: Como Funciona e Por Onde Começar? Guia
Quais as vantagens de investir no mercado de ações?
É importantíssimo que você entenda todas as vantagens que a Bolsa de Valores oferece ao investidor para entender realmente como funciona o mercado de ações.
Vamos conferir as 3 principais vantagens de investir no mercado de capitais:
Possibilidade de se tornar sócio de grandes empresas
Ao aportar seu dinheiro em qualquer ação, você se torna sócio daquela empresa. Não importa se você está investindo em uma empresa desconhecida ou em uma gigante como a Petrobrás: se você comprar ações de uma companhia, literalmente entra no quadro societário dela.
A mera possibilidade de se tornar sócio do Banco do Brasil, Itaú, Petrobras, Banco Inter e etc. já é uma vantagem incrível!
Ao longo do tempo, com muito estudo e capital investido, você pode montar uma carteira formada pelas maiores empresas do Brasil e do mundo, beneficiando-se de seu crescimento e de seus dividendos.
E, por incrível que pareça, isso é mais simples do que aparenta. Basta criar sua conta em uma corretora, abrir o Home Broker e aportar na empresa que deseja!
Duas formas de se ganhar dinheiro
Existem basicamente duas formas de se ganhar dinheiro no mercado de ações:
- Crescimento
- Dividendos
Se seu foco é em crescimento, você está em busca de empresas que visam ganhar mercado e se consolidar, ao invés de buscar dividendos e lucros no curto prazo.
Seu principal objetivo é, basicamente, comprar ações enquanto elas estão baratas, e só vendê-las após uma grande valorização – o que normalmente ocorre ao longo de muitos anos, por isso se trata de uma estratégia de longo prazo.
Mas essa não é a única maneira de se ganhar dinheiro.
Também é possível focar no recebimento de dividendos como renda passiva. O objetivo dessa estratégia é, após acumular uma grande quantidade de papéis, ter uma renda caindo em sua conta constantemente, sem você precisar trabalhar mais por isso.
O efeito bola de neve é muito visível nessa estratégia.
Diversificação
A diversificação de investimentos que o mercado de ações possibilita – tanto para o pequeno quanto para o grande investidor – é um de seus principais pontos positivos.
No mesmo Home Broker, você é capaz de comprar ações de diversos setores da economia, visando diluir seu risco ao máximo.
E, se não tiver conhecimento e/ou capital para isso, um ETF com ações de diversos setores também está a dois cliques de você.
Opções não faltam, e isso é extremamente importante para diluir seu risco.
Há riscos ao fazer a compra de ações?
Sem dúvidas. Se você entende como funciona o mercado de ações, já deve ter entendido que o risco está presente em toda e qualquer operação.
Por mais que o sistema da Bolsa em si seja completamente seguro, o risco que todos nós corremos é relacionado às empresas, aos setores de atuação e à economia como um todo. Para entender isso, vamos imaginar o seguinte cenário.
Suponhamos que você colocou todo o seu dinheiro em apenas um ou dois ativos. Concorda comigo que, se algum deles sofrer uma grande desvalorização repentinamente, sua carteira sofrerá um grande golpe Muito provavelmente grande parte do seu patrimônio investido será afetado…
Mas e se você tivesse comprado, junto desses poucos ativos, mais dez?
Entende que a desvalorização de um desses dez ativos lhe causaria um dano muito menor?
Esse é o poder da diversificação: protegê-lo dos riscos de mercado.
E esse risco está presente em absolutamente toda ação. Não importa seu tamanho, seu valor de mercado e muito menos seu patamar de preço atual (a Petrobrás é um grande exemplo disso).
Três recomendações para quem busca entender como funciona investir em ações
Se você busca entender como funciona o mercado de ações, tenho 3 recomendações indispensáveis para você.
Descobrir seu perfil de investidor
Descobrir o seu perfil de investidor é o primeiro passo para investir em ações – e em qualquer ativo.
Digo isso, pois se trata de autoconhecimento – e como você espera montar uma estratégia e investir nos ativos certos se não conhece o seu próprio perfil?
Em um rápido teste suitability, você conseguirá descobrir o quão tolerante ao risco você é, que classes de ativos são recomendadas para você, e muito mais!
A maioria das corretoras exige esse teste antes de liberar o seu Home Broker, então faça com atenção, pois, com certeza, vai ajudá-lo muito.
Estudar com materiais gratuitos
Estudar com materiais gratuitos e on-line é uma das melhores escolhas que você pode fazer.
O mercado de ações traz muitas possibilidades, e é muito difícil entender tudo sobre ele sozinho. Mas, para isso, nós, do Portal do Trader, temos a solução ideal.
No nosso curso gratuito “Investindo em Ações”, você aprenderá toda a base necessária para começar a investir nesse mercado com tantas possibilidades!
E o melhor: você não pagará absolutamente nada por isso. É 100% gratuito.
Esse tipo de material com certeza vai ajudá-lo muito a entender como funciona o mercado de ações, a decidir quais estratégias seguir e como investir minimizando suas perdas e maximizando seus ganhos!
Se eu tivesse acesso a um material desses no começo da minha carreira, com certeza, teria chegado aos meus objetivos mais rapidamente, e com um risco muito mais controlado. Aproveite!
Colocar tudo em prática
Jamais seja o tipo de investidor que acumula livros e cursos na sua memória e não coloca nada em prática.
O campo de batalha é, com certeza, o melhor professor existente. Garanto que nenhum curso ensinará o que ele tem a oferecer.
Se você só acumula conhecimento sem colocar nada em prática, jamais conseguirá os resultados que tanto sonha. O único jeito de alcançá-los é colocando o que aprendeu em prática.
Monte sua estratégia, separe o capital que pretende investir, analise as empresas que pensa em aportar, monte um Excel organizando todos esses dados, faça suas compras pelo Home Broker e acompanhe suas empresas de perto!
Não existe nada que irá ensiná-lo mais do que isso.
Quanto custa investir em ações?
Investir em ações traz ao investidor alguns custos, mas, na maioria das vezes, não são muito significativos. As principais taxas que envolvem a compra e a venda de ações são:
- Taxa de corretagem
É uma taxa cobrada pela corretora a cada operação realizada. Quanto maior for o montante, mais esse valor irá se diluir no total da operação.
- Imposto sobre Serviço (ISS)
É um imposto que incide sobre a taxa de corretagem, com uma alíquota que varia muito de região para região.
- Emolumentos
Taxas cobradas pela B3 por cada operação realizada na Bolsa. Seu valor varia muito de acordo com o tipo de operação. Se quiser mais informações sobre esses valores, acesse neste link o site da B3, que contém informações mais específicas.
- Imposto de Renda
O IR para ações funciona de uma maneira diferente dos outros ativos.
Se você, em um mês, vender ações com um valor total menor que R$ 20 mil, está isento de impostos. Se ultrapassar esse valor, deve pagar uma alíquota de 15% sobre o lucro líquido.
Dúvidas frequentes
Ainda tem alguma dúvida? Hora de fechar todas as pontas soltas!
Como entender o mercado de ações?
Como eu disse anteriormente, o principal professor que você terá é o próprio mercado.
É muito importante que você leia livros e assista a cursos sobre a Bolsa, mas, ainda mais importante do que isso, é colocar tudo em prática.
Você até conseguirá entender um pouco sobre como funciona o mercado de ações com livros, artigos, aulas e mentorias, mas só vai realmente ganhar experiência quando colocar toda essa teoria em prática.
Como é o mercado de ações atualmente?
Cada vez mais forte, seguro e com mais oportunidades.
A cada ano que passa, o mercado vai se modernizando, criando mais oportunidades para todos os tipos de investidores e se tornando cada vez mais importante para a economia como um todo.
Hoje, a barreira de entrada é muito baixa. Basta um computador, uma conta em uma corretora e um valor mensal para aportar em suas ações.
A bolsa brasileira recentemente atingiu a sua máxima histórica, e tende a crescer cada vez mais nos próximos anos, então aproveite e não fique de fora desse mercado!
Como lucrar com ações?
Se você busca lucrar com a compra e venda de ações, a estratégia de crescimento deve encaixar como uma luva com o seu perfil!
Para isso, você deve buscar ações com um alto potencial de crescimento, e realizar aportes constantes nesses ativos durante um bom tempo, até que elas atinjam o valor que você espera.
Quando isso acontecer, é hora de se desfazer das ações e realizar o seu lucro. Normalmente, essa estratégia tem como foco o longo prazo, então a análise fundamentalista pode ser muito útil!
Conclusão
Com este Guia Completo, espero que você tenha entendido como funciona o mercado de ações, e como você pode participar desse ambiente de negócios com tantas oportunidades de investimentos!
Discutimos como é feita a negociação de ativos dentro da Bolsa, quais os riscos e as vantagens envolvidas nessas operações, os principais custos de um investidor, quais são os principais ativos do mercado e muito mais! Mas não pense que paramos por aqui…
Chegou a hora de dar mais um passo!
O nosso curso de investimento em ações gratuito é o próximo passo ideal para você que tem interesse em investir no mercado de ações, mas ainda não tem conhecimento suficiente.
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Espero que esse Guia tenha ajudado, e nos vemos no próximo post!