Como comprar ações na Bolsa: O Guia para Começar do Zero (2022)
Você sabe como comprar ações na Bolsa de Valores? Saiba que você pode estar deixando de lado oportunidades extremamente lucrativas. Este Guia Completo irá te mostrar como investir em um dos mercados mais lucrativos do mundo: o mercado de ações!
O que vamos discutir neste post?
- Primeiramente, o que são Ações?
- Como comprar ações? Conheça as 4 formas
- Como comprar ações sem errar? (Passo a passo)
- Como Comprar Ações pela Internet na Bolsa de Valores? Veja um passo a passo
- Como iniciar na compra de ações?
- Quais são as taxas e custos para comprar ações da Bolsa?
- Quero comprar ações: quais os riscos posso correr?
- Principais estratégias para investir em ações
- Quais são os Tipos de Ações existentes no Mercado?
- Ações que apresentam boas performances no Mercado
- E como aprender mais sobre como comprar Ações e o Mercado Financeiro?
- Dicas para analisar a melhor plataforma de investimentos para você
- Para quem é recomendado o Mercado de Ações?
- Quais são as formas de análise no Mercado de Ações?
- Dúvidas frequentes sobre como comprar ações
- Conclusão
Primeiramente, o que são Ações?
Uma ação nada mais é do que um pedaço de uma empresa negociado na Bolsa de Valores.
Ao comprar uma ação, você pode se tornar um acionista real da empresa - e inclusive votar em suas assembléias!
Talvez você esteja se perguntando o que leva uma empresa a oferecer tal poder aos investidores, não é mesmo?
E a resposta é mais simples do que parece.
Quando uma empresa deseja expandir sua operação ou escalar sua produção, ela precisa de um capital elevado.
E existem algumas poucas maneiras de se conseguir capital:
- Do bolso dos próprios sócios
- A partir de empréstimos
- Abrindo capital na Bolsa de Valores
Na primeira opção, além do risco ser muito alto para os sócios, dificilmente eles terão a quantia necessária de capital para aplicar na empresa.
Na segunda opção, a empresa adquire um prazo para remunerar seu credor, e, caso não cumpra com tal prazo, pode sofrer com juros e multas cada vez mais altos. Essa obrigação não é de agrado dos sócios.
Já na terceira opção, a empresa não se compromete em remunerar o acionista em prazo algum. Isso dá mais tranquilidade para ela operar. Em troca, ela cede parte de seu quadro acionário para investidores da Bolsa de Valores.
Sendo assim, a depender do tamanho e da estratégia da empresa, abrir capital no mercado pode ser a melhor opção!
A partir do momento em que a empresa abrir seu capital - fazendo seu IPO (Initial Public Offering) -, qualquer investidor interessado pode comprar seus papéis, e, consequentemente, se tornar acionista da companhia.
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Como comprar ações? Conheça as 4 formas
Fundos de Investimentos
Um fundo de investimento é como um condomínio, que reúne recursos de um conjunto de investidores (cotistas), com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir de uma carteira de ativos.
Os fundos de ações são o tipo de fundo mais adequado caso você deseje adquirir ações com a gestão de uma equipe profissional.
Os cotistas pagam uma taxa aos responsáveis pelo fundo. Essa taxa é chamada de taxa de administração, que costuma variar entre 1,5% e 3% ao ano.
Existe também a taxa de performance, caso o fundo supere seu referencial (benchmark), no caso, o Ibovespa.
Essa é uma forma de recompensar os gestores que tiveram desempenho acima da média. Uma taxa boa de se pagar, sem dúvida. Costuma ser de 20% sobre o que exceder o referencial.
Exemplo: o Ibovespa rendeu 30% ao ano e o fundo, 40% a.a.; logo, a taxa de performance seria de 20% sobre 10%, o que daria 2% a mais para o gestor.
Os fundos multimercados também abrigam ações em sua composição, além de uma série de outros ativos, como moedas, juros, etc. Eles são mais indicados para investidores com perfil menos agressivo que os que investem em fundos de ações.
Clubes de Investimento
Um clube é bastante similar a um fundo de ações, mas com algumas particularidades. Os clubes demandam menos exigências legais que os fundos, portanto são estruturas mais enxutas.
Existe um limite de participantes (mínimo de 3 e máximo 50 cotistas), é obrigatório ter, no mínimo, 67% do patrimônio alocado em ações e nenhum cotista poderá ter mais do que 40% das cotas, entre outras regras.
O clube pode ser gerido por um profissional credenciado à CVM, que será remunerado por isso, ou pelos seus próprios participantes, que não poderão receber pela administração.
Diversas corretoras e gestoras oferecem clubes de investimentos aos seus clientes, mas você também pode montar o seu próprio.
Exchange Traded Funds (ETFs)
Os ETFs são fundos de investimento que compõem uma carteira de ativos, buscando replicar um índice de referência. Podem ser negociados em Bolsa de Valores como uma ação, mas é um fundo, com taxa de administração e CNPJ. São também chamados de Fundos de Índices.
O ETF mais negociado no Brasil é o BOVA11, que replica o Ibovespa, principal índice da Bovespa. Entre as vantagens de comprar um ETF, está o menor custo para diversificar sua carteira.
Para replicar a carteira do Ibovespa, seria necessário comprar cerca de 80 ações, com os respectivos pesos de cada ativo - o que não é nada fácil. Uma outra vantagem é a facilidade de acompanhamento: é mais fácil monitorar um ativo do que 80.
O produto é bem interessante, vale uma espiada nesta aula.
Mercado tradicional
Comprar e vender ações diretamente é bem simples. Você pode fazer por conta própria, usando uma plataforma de negociação, como o Home Broker, ou pela mesa de operações da corretora.
Uma das vantagens de investir sozinho sobre os fundos ou clubes é a autonomia. Você pode escolher o que comprar, quando comprar, quando vender e o capital alocado em cada ativo. Os custos tendem a ser menores, especialmente se fizer pelas plataformas de negociação.
Por outro lado, investir por conta própria exige um nível de conhecimento de mercado e experiência que a maioria não possui, além de gerar um desgaste emocional muito grande nas quedas dos preços dos ativos.
Para muitos, é melhor investir via um fundo ou clube de investimentos.
Como comprar ações sem errar? (Passo a passo)
Abrir conta em uma corretora
O primeiro passo para comprar ações sem errar é abrir sua conta de uma corretora de confiança, listada na CVM e com taxas atraentes.
Busque uma instituição com um bom atendimento, e, se possível, prefira aquela que conte com alguma assessoria.
Tenha um assessor de investimentos
Ter um bom assessor de investimentos é importantíssimo para que você consiga dar seus primeiros passos no mercado com segurança.
Particularmente, recomendo de olhos fechados os profissionais do Portal do Investimento, uma assessoria profissional ligada à XP Investimentos!
Busque algum critério para a escolha das ações
Particularmente, sugiro que você não tente fazer stock picking sozinho (ao menos no começo da sua jornada).
Dificilmente você conseguirá escolher os critérios certos, e pode acabar perdendo dinheiro por alguma besteira.
Sugiro fortemente que você conte com as carteiras recomendadas de analistas credenciados.
Monte uma carteira diversificada
A diversificação de ativos dilui - e muito - o seu risco total.
Recomendo fortemente que você aloque seu capital em vários setores diferentes - mantendo uma proporcionalidade na divisão.
Isso te protegerá de eventuais - e inevitáveis - correções do mercado
Como Comprar Ações pela Internet na Bolsa de Valores? Veja um passo a passo
Passo 1: Faça login na sua corretora
Faça o login na sua corretora e clique em Home Broker. Abrirá um sistema que permite acompanhar os ativos que deseja negociar e abrir as boletas de compra ou venda.
Cheque o saldo disponível para a compra de ações.
Passo 2: Digite o código do ativo na boleta
Digite o código do ativo nos espaços das boletas - lembre-se que não é possível digitar o nome da empresa.
Se não souber o código do ativo, tente as iniciais da empresa, que a função de completar irá sugerir possíveis códigos (costuma dar certo).
Junto das boletas existem algumas informações essenciais, como o preço da última negociação, a variação percentual e a opção de comprar ou vender.
Também aparece o chamado Book de ofertas, com os preços que estão sendo praticados naquele momento pelos compradores e vendedores.
Clicando em "Comprar" ou "Vender" abrirá uma outra janela onde existem campos como Ativo, quantidade, validade da ordem e preço.
Preencha os campos, a assinatura eletrônica que recebeu ao abrir conta na corretora e clique no botão "Enviar ordem".
Dica: antes de dar o comando de enviar ordem, confira se está tudo preenchido de forma correta. Assim não corre o risco de vender ao invés de comprar, ou comprar 1.000 ações quando a intenção era comprar apenas 100. Esses erros operacionais custam caro.
Passo 3: Verifique sua custódia e histórico de ordens
Monitore as abas Custódia e Ordens. Em Custódia, estarão os ativos que fazem parte de sua carteira.
Em Ordens, aparecerá se suas ordens foram executadas, em qual preço ou se ainda estão abertas.
Atenção para ordens que não foram executadas, sem validade ou válidas para os próximos dias.
É bem comum investidores esquecerem as ordens que colocaram e elas serem executadas duas vezes ou quando o investidor já não tinha mais o capital necessário.
Tudo muito simples e intuitivo. Se tiver alguma dúvida, consulte o seu assessor de investimentos na corretora.
Como iniciar na compra de ações?
Uma das perguntas que eu mais recebo é: como iniciar na compra de ações?
E a resposta é simples:
Você precisará seguir uma metodologia para analisar e escolher os ativos que vai investir.
E, para isso, é muito importante que você assista o nosso Curso Gratuito de Investimento em Ações!
Com a base que você aprenderá no curso, poderá avançar para os seguintes pontos:
- Optar por uma corretora de investimentos
Em primeiro lugar, lembre-se de que a corretora é por onde você vai comprar e vender ações. Ela precisa estar habilitada na Bovespa e ter sido aprovada pelo Banco Central e CVM.
Existem diversas opções, mas, sem dúvida, as corretoras independentes (que não são ligadas a bancos) apresentam experiências e custos melhores para os clientes.
As corretoras não se restringem mais a apenas negociar valores mobiliários em bolsa. Elas possuem diversos produtos, tal qual um banco, como CDBs, fundos, seguros, previdência, câmbio, entre outros.
O termo “plataforma de investimentos” resume melhor as inúmeras possibilidades de investimentos dentro de uma corretora atualmente. Para escolher uma boa corretora, cheque com outros clientes que já usam os seus serviços.
Como diferenciais, devem apresentar relatórios de análises, chats, área educacional, custos competitivos e boas plataformas de negociação.
E, como é de praxe aqui no Portal, aqui vai uma aula gratuita e aberta do Plano TNT sobre como abrir uma conta em uma corretora.
- Analisar e escolher as ações que você pretende comprar
Nada impede que você mesmo escolha as opções que deseja ter em carteira, mas é um desperdício não usar a área de análise de sua corretora ou as casas de análise independentes.
Nelas, profissionais especializados fazem análises sobre quais setores são mais promissores, os melhores ativos e o momento ideal de comprar e vender. Uma das regras que acho mais importante é a da diversificação. Sugiro uma carteira de, no máximo, oito ativos.
Além desse número, fica mais complicado acompanhar os ativos e o ganho com a diminuição de risco se torna marginal.
Se resolver escolher sua carteira de ações por conta própria, lembre-se de não concentrar ativos de um mesmo setor. Busque setores diferentes e empresas que sejam conhecidas pela eficiência e bons produtos ou serviços prestados.
Um outro caminho é estudar uma das escolas de análise: a análise técnica, que usa os gráficos, e a análise fundamentalista, que busca entender os resultados e fundamentos da empresa, para escolher suas ações.
Vamos falar sobre isso com mais detalhes mais à frente.
- Ter acesso ao home broker da sua corretora
Não há custo para abrir ou manter conta em uma corretora. Dessa forma, vale a pena ter um cadastro aberto, nem que seja para aproveitar os seus recursos.
O Home Broker é um deles. O Home Broker (ou HB) é um sistema gratuito que permite aos investidores negociar ações e demais ativos pela internet, sem precisar falar com um operador de mesa.
O HB conecta os investidores às suas corretoras e à Bolsa de Valores. Tudo automatizado, com agilidade e segurança. O Home Broker também permite acompanhar as cotações dos ativos em tempo real, verificar se suas ordens foram executadas, programar ordens de proteção de limite de perdas ou de venda quando o ativo atinge o seu objetivo.
Os mais completos contam com gráficos avançados, entre os seus recursos.
Para ser acompanhado em todas as etapas do processo, você pode contar com o meu time de assessores do Portal do Investimento!
Quais são as taxas e custos para comprar ações da Bolsa?
De forma geral, a taxa de corretagem é o principal custo para comprar ações na Bolsa.
Essa taxa pode ser fixa, quando o cliente investe sozinho - via HB, por exemplo - ou variável, quando o cliente usa a mesa de operações da corretora ou de um escritório.
Se a corretagem for fixa, como o nome diz, não importa se você comprar 100 ações ou 10.000 ações, a cobrança será por ordem executada - ou seja o custo será igual, independentemente da quantidade de ações.
Se deseja comprar 10.000 ações e envia uma única ordem, pagará apenas pela ordem executada. Mas se quiser dividir em cinco ordens de 2.000 ações pagará cinco corretagens fixas.
No caso da taxa variável, é cobrado um percentual em cima do volume financeiro, de acordo com uma tabela da própria Bolsa.
Se gastar R$ 50 mil para comprar ações, pagará uma taxa maior do que se comprar R$ 5 mil.
Existem ainda outras taxas, como os Emolumentos, que são cobrados pela Bolsa pelos serviços prestados ao registrar e guardar informações de compra e venda, e impostos, como o ISS (Imposto Sobre Serviços).
Uma taxa que diversas corretoras já não cobram mais é a taxa de custódia, seja de renda fixa, Bolsa e outros produtos.
No site das corretoras está a relação de custos e taxas cobradas.
Coloquei aqui um exemplo das taxas cobradas na XP Investimentos.
Quero comprar ações: quais os riscos posso correr?
Se você está estudando sobre como comprar ações na Bolsa, é comum que a questão dos riscos passe pela sua cabeça.
Esse é um tópico importantíssimo, pois, assim como tudo na vida, a compra e venda de ações também envolve riscos - que podem ser grandes ou pequenos, a depender de vários fatores.
Vamos discutir agora os principais riscos do mercado de ações:
Não existe garantia de rentabilidade
As ações fazem parte do mercado de renda variável, com suas características diferentes do mercado de renda fixa.
Na renda fixa, como um CDB, os resultados são muito mais previsíveis. Por outro lado, não existe o potencial de ganho do mercado de ações. Afinal, quanto maior o risco, maior o retorno esperado.
Essa discrepância é ainda maior em cenários de taxas de juros baixas, que afetam negativamente a renda fixa.
Em ações, além do potencial retorno, existe uma outra característica que faz com que a volatilidade (oscilações) seja muito mais alta: a liquidez.
A liquidez é a capacidade de converter o ativo em dinheiro em pouco tempo e a um preço justo. Ao vender uma ação, o dinheiro volta para a sua conta na corretora em dois dias.
A ótima liquidez e o potencial retorno são elementos que excluem a garantia de que seus investimentos em ações sempre darão retorno. Porém em prazos mais longos, existe uma probabilidade bastante alta de dar certo.
Basta ver o histórico positivo das principais ações e fundos de ações.
De qualquer forma, não é sensato alocar todo o seu capital em ações, até porque você pode precisar do dinheiro em um momento de baixa das ações.
Recomendo fortemente que você alinhe o tamanho da alocação em renda variável com seu perfil de investidor (conservador, moderado ou agressivo).
Risco sistêmico
Trata-se da variação no valor dos ativos que possam gerar perdas financeiras. Todo ativo possui seu risco e as ações possuem risco alto por causa do potencial retorno e da grande liquidez.
No caso de ações, existem diversos riscos de mercado, como mudanças no cenário macro, taxa de juros, oscilações do câmbio, eleições, crises econômicas, entre outros. Em resumo, tudo que pode afetar o preço dos ativos de forma negativa.
Sabendo que existem riscos, a parte do seu capital alocado em ações deve estar de acordo com sua tolerância ao risco.
Se você não é um investidor experiente e extremamente arrojado, nem pense em aplicar todo o seu capital na Bolsa.
O risco sistêmico, especificamente, é o risco da economia como um todo.
Ele é influenciado diretamente por fatores macroeconômicos, como taxa de juros, câmbio, e afins.
Risco da empresa
A empresa, por si só, possui um risco intrínseco à sua operação.
Para você entender isso, imagine o seguinte cenário:
Uma grande empresa anuncia a seus investidores e acionistas que irá aumentar exponencialmente sua produção nos próximos meses, e conquistará uma grande porcentagem do market share de seu setor.
Planos ambiciosos, histórico favorável, dirigentes renomados…
Muitos diriam logo de cara que essa empresa tem tudo para dar certo!
A positividade do mercado é refletida em um aumento do preço das ações da companhia - o que agrada muito seus acionistas.
Quem vê de fora, imagina que a empresa está bombando. Nesse momento, um investidor decide aplicar seu capital nela sem sequer analisá-la cuidadosamente.
Sem uma profunda análise fundamentalista, é impossível compreender o verdadeiro risco da empresa.
Por mais que, para a mídia, a diretoria da companhia tenha pintado um cenário otimista, com metas ambiciosas, a realidade pode ser completamente diferente…
E se a empresa possui dívidas insustentáveis? Como ela irá conseguir lidar com uma expansão desse tamanho?
E se houver um gargalo na sua cadeia de suprimentos?
Tudo isso deve ser pensado antes de investir em uma empresa - independentemente de seu tamanho.
A própria Tesla, durante certo período de tempo, teve problemas crônicos para cumprir suas metas de produção de seu Model 3.
Apesar de terem prometido uma produção extraordinária de carros por semana, tinham problemas graves na sua linha de produção e rede de suprimentos/distribuição.
Foi uma árdua batalha, mas, no final, conseguiram cumprir com sua promessa.
Mas nem toda companhia terá esse mesmo final feliz.
Esteja sempre atento ao risco individual da empresa. Uma boa análise fundamentalista pode te ajudar a cumprir esse objetivo.
Risco do setor
Imagine o mercado como um corpo humano.
Esse corpo é formado por vários sistemas, que, por sua vez, são formados por diversos órgãos.
Quando falamos sobre risco sistêmico, estamos nos referindo ao corpo como um todo. Quando o risco da empresa é discutido, estamos nos referindo ao órgão, individualmente.
Entretanto, quando discutimos o risco do setor, estamos nos referindo aos sistemas desse corpo.
A Bolsa brasileira (o corpo) é formada por diversos setores (sistemas):
- Agropecuária
- Finanças
- Energia
- Tecnologia
- Varejo
- Comunicações
- Bens Industriais
- Saúde
- Linhas aéreas
- E muito mais…
Cada setor possui características específicas.
O de energia elétrica, por exemplo, é um setor altamente regulado. Por esse motivo, ele pode ser facilmente atingido por uma “canetada” de um político lá de Brasília.
Já o setor de linhas aéreas, por sua vez, é muito influenciável pelo aquecimento da economia brasileira. Em tempos de recessão econômica, é um setor que sofre gravemente com a diminuição de demanda por viagens - foi exatamente o que aconteceu durante a pandemia.
Esses são os riscos de setores. Cada um tem suas características e riscos específicos.
Uma boa análise setorial é essencial antes de aplicar seu dinheiro em qualquer empresa.
Principais estratégias para investir em ações
Existem muitas possibilidades para comprar ações na Bolsa. Timing de entradas e saídas, setores de negócios, opção entre ações mais ou menos negociadas, objetivos de ganhos, limite de perdas, entre outras escolhas.
Como em qualquer negócio, precisaremos ter uma estratégia bem definida para aumentarmos as chances de lucrar com o mercado de ações.
Você deve definir sua estratégia com base no seu perfil de investidor - e, por isso, ela será bem individualizada.
O que posso te aconselhar, de forma geral, é que você nunca coloque 100% do seu capital em ações.
Diversificar é um mecanismo poderosíssimo de diluição de risco, e pode acabar salvando sua carteira nas horas de correção do mercado.
Quais são os Tipos de Ações existentes no Mercado?
Se você está estudando como comprar ações na Bolsa, deve ter se deparado com a existência de 3 tipos de ações: preferenciais, ordinárias e unit.
Chegou a hora de entender, de uma vez por todas, como elas funcionam!
Preferenciais (PN)
Dão aos titulares a prioridade no recebimento de dividendos, que é parte do lucro da empresa. Normalmente, não concedem direito a voto nas assembleias ou dão direito a voto restrito.
São representadas pelo número 4 após as quatro letras. Exemplo: PETR4.
As PN ainda apresentam outra divisão de classe. As preferências classe A recebem o número 5 (USIM5); as de classe B, o número 6 (ELET6).
Unit (UNT)
É uma cesta de ações que reúne classes de ativos diferentes, como ações ordinárias e preferenciais.
Serve para o investidor diversificar a carteira. São representadas pelo número 11 após as quatro letras. Exemplo: BPAC11
É menos comum que as ordinárias e preferenciais.
Ordinária (ON)
Dão direito a voto nas assembleias dos acionistas, além de participação nos resultados da empresa. São representadas pelo número 3 após as quatro letras. Exemplo: VALE3
Essa divisão entre ON e PN da mesma empresa é uma particularidade do mercado brasileiro. Nos EUA, por exemplo, existe apenas uma ação da Apple ou Disney. Não há Apple ON e Apple PN.
Ações que apresentam boas performances no Mercado
Algumas ações se tornaram, ao longo dos últimos anos, queridas pelo mercado pela forte valorização ou pelo bom pagamento de dividendos.
Listei três por motivos diferentes e que sempre vale ficar de olho. Claro que não são recomendações, mas um guia com os motivos pelos quais o investidor pode selecionar suas ações.
WEGE3
A Weg é um conglomerado que produz motores elétricos, componentes eletroeletrônicos, produtos para automação industrial, transformadores de força, entre outros produtos, com presença aqui e no exterior.
Historicamente, sempre apresentou resultados consistentes, com valorização de mais de 60.000% desde a abertura de capital.
ITUB4
O Itaú é o maior banco privado da América Latina e uma das maiores empresas do Brasil. São diversas linhas de receita que geram recordes de lucros quase todos os anos.
Os resultados sensacionais mostram o nível de gestão praticado na empresa. É uma ótima pagadora de dividendos e o ativo com maior peso na composição do Ibovespa no momento da postagem deste artigo.
VALE3
A Vale é uma mineradora com presença e uma das maiores empresas de mineração do mundo, além de ser também a maior produtora de minério de ferro, de pelotas e de níquel.
Também atua como uma das maiores operadoras de logística do país. A empresa é boa pagadora de dividendos, entregando resultados consistentes aos seus acionistas.
Todas essas empresas são extremamente sólidas, líderes em seus setores, com alta capitalização e que pagam ótimos dividendos.
E como aprender mais sobre como comprar Ações e o Mercado Financeiro?
Se você deseja entender como comprar ações na Bolsa, saiba que estudar é um pré-requisito indispensável para ter sucesso nesse mercado.
E, para te ajudar a estudar com qualidade, aqui estão 3 dicas extremamente eficientes sobre como aprender mais sobre o mercado financeiro:
Acompanhar os especialistas e suas carteiras recomendadas
Todas as corretoras possuem áreas de Research, com analistas sugerindo carteiras de ações ou de outros ativos, como fundos imobiliários. Esse tipo de serviço ajuda muito quem deseja uma opinião profissional.
Nos últimos anos, também foram surgindo casas de análise independentes, voltadas para o investidor pessoa física, com relatórios sobre empresas e setores e recomendações de ativos e carteiras baseadas em análise Técnica e Fundamentalista.
Esse último é o caso da Carteira do Investidor, uma research independente e focada em poupar o seu tempo e esforço! Dê uma olhada em suas carteiras e entenda como analistas profissionais pensam antes de montar o seu portfólio.
Acompanhar os conteúdos que o Portal do Trader disponibiliza
O Portal do Trader tem o maior acervo sobre educação voltada para a renda variável do mercado, com área ao vivo, onde os professores comentam o mercado, e uma área educacional, com dezenas de cursos gratuitos.
Agora, se quiser se tornar realmente um profissional do mercado, o caminho é se inscrever no Plano TNT, com mais de 300 aulas e oito professores, além de mentoria, aulas ao vivo, espaço para dúvidas e grupos exclusivos de alunos.
Investir na sua própria educação trará mais retorno que qualquer ação listada na Bolsa de Valores.
Fazer parte de comunidades de investidores
Cada investidor é único, portanto, não dá para copiar 100% o que um professor ou analista faz no mercado de ações, mas sim aprender com a experiência de outros investidores (o que é de enorme valor).
Muitas vezes, a sua dúvida ou dificuldade é a mesma de outros investidores.
E poder compartilhar o que está lendo, aprendendo, testando, errando e acertando com outros investidores gera um ciclo virtuoso onde o objetivo é comum.
Busque grupos de WhatsApp e Telegram, fóruns, chats, mas se informe primeiro sobre as intenções do grupo, o que é discutido, e se o seu nível está alinhado à proposta do espaço.
Aqui vai um link para o grupo do Portal do Trader no Telegram.
Dicas para analisar a melhor plataforma de investimentos para você
Taxas cobradas
Este é um ponto importante na escolha da sua plataforma de investimentos. A plataforma precisa ter custos competitivos. Nenhuma plataforma cobra para abrir, manter ou encerrar conta. E muitas já zeraram as taxas de custódia de renda fixa e bolsa.
No que se refere à corretagem, com o aumento de opções disponíveis, ficou ainda mais barato investir em ações.
Algumas plataformas zeraram a corretagem e outras diminuíram bastante os valores cobrados para não perder competitividade.
Mas é essencial entender que serviços são oferecidos com a corretagem zero. Corretagem zero com atendimento zero não é bom negócio.
É o famoso “barato que saiu caro”. Isso vale para os iniciantes, que têm mais dúvidas, mas também para os mais experientes.
Imagine a plataforma travar e você não poder investir por não conseguir falar com a corretora. Ou se tiver alguma dúvida com a posição que não bate com seus controles ou outro problema operacional.
Costuma valer a pena pagar um pouquinho para ter acesso a uma assessoria especializada, que ajude com o operacional, eventuais problemas com as plataformas e lhe permita acessar diversos serviços, como relatórios exclusivos.
Segurança
O primeiro passo foi comentado, que é checar se a plataforma consta no site da Bolsa e é autorizada a operar pelo Banco Central.
Agora, precisamos tratar de questões mais técnicas. A plataforma precisa ser robusta e as informações dos clientes no ambiente logado (área do cliente), confiáveis.
Nos últimos anos, as corretoras passaram a investir ainda mais pesado em segurança da informação, preparando-se para possíveis ataques de hackers e aumento exponencial do número de investidores.
Entre os novatos em bolsa, sempre fica a dúvida sobre o que acontece com o dinheiro se a corretora falir. Lembre-se de que, se estiver alocado em ações, elas estão custodiadas em outro ambiente seguro.
Se seu investimento é em fundos de ações, cada fundo tem CNPJ próprio, o que permite que um outro fundo ou banco incorpore o fundo que quebrou. Um fundo falir é raríssimo de acontecer.
O risco maior é se seu dinheiro estiver parado na conta corrente da corretora, portanto deixe o menor valor possível.
De qualquer modo, a área de supervisão de mercados da bolsa acompanha de perto o trabalho das corretoras, buscando se antecipar a possíveis problemas.
Conteúdo sobre educação financeira
Boa parte das corretoras investe em educação financeira como uma maneira de captar clientes, mas também de formar novos investidores.
O conteúdo educacional vai desde conceitos sobre finanças pessoais até estratégias de operações em mercados futuros.
Conhecer as possibilidades, ferramentas e produtos de investimentos é o caminho certo para se tornar um investidor consciente e remunerar melhor sua carteira de investimentos.
Aqui na área aprenda do Portal do Trader, você também vai encontrar muito conteúdo sobre o universo da renda variável.
Para quem é recomendado o Mercado de Ações?
Com a queda da taxa de juros e a estabilidade econômica, o brasileiro começou a entrar no time de milhões de pessoas que vivem em países onde existe a cultura de se investir em ações para o longo prazo.
No Brasil, esse percentual da população está crescendo de forma acelerada. Qualquer um que tenha alguma poupança pode se tornar um acionista de ótimas empresas.
Se você deseja rentabilizar seu patrimônio, não terá como escapar desse assunto. Se antes a renda fixa pagava altos retornos com risco baixo, agora será preciso pensar em renda variável como um ingrediente de sua carteira de investimentos - desde que tenha o perfil de risco adequado, claro.
O mercado de ações é indicado para investidores com perfil moderado ou agressivo, que queiram tomar um pouco mais de risco em troca de maior rentabilidade.
É um mercado dinâmico, com oscilações diárias no preço dos ativos que são negociados na Bolsa.
Com os ganhos que vêm com a valorização dos ativos (além dos dividendos e juros sobre capital próprio) todo mundo lida bem.
Mas é preciso ressaltar que as perdas fazem parte desse ambiente; portanto, se isso o incomoda, opte pela renda fixa e sua previsibilidade muito maior.
Agora, se entende que as oscilações fazem parte e seu horizonte de tempo é longo, seja bem-vindo, a Bolsa é o seu lugar.
Quais são as formas de análise no Mercado de Ações?
Basicamente, temos duas escolas de análise: a Análise Fundamentalista e a Análise Técnica.
Análise Fundamentalista
A Análise Fundamentalista tenta avaliar a saúde financeira das empresas e da própria economia para fazer uma projeção do comportamento futuro dos preços das ações.
O analista acompanha os números da empresa e da concorrência que possam impactar nas perspectivas de rentabilidade e, consequentemente, no preço da ação.
O profissional busca, com esses dados, determinar um valor justo pela ação. A partir daí, pode comparar com o preço da ação no mercado e determinar se estão superavaliadas ou subavaliadas pelo mercado - ou seja, se a ação está barata ou cara.
Nesta aula, que faz parte do Plano TNT, o prof. Becker explica um pouco sobre o assunto.
Análise Técnica
A Análise Técnica se vale do estudo dos gráficos, onde todas as informações sobre o ativo estariam precificadas.
Os participantes do mercado têm diferentes visões sobre cada ativo, além de objetivos diferentes com a compra. O que vemos no gráfico é um consenso do mercado sobre aquele ativo ou índice.
Segundo o analista técnico (ou grafista), padrões gráficos que aconteceram no passado tendem a se repetir no futuro. Esse analista não se preocupa em definir o valor justo para uma ação, mas como um movimento que aconteceu no gráfico pode ser usado a seu favor.
Para mim, a grande vantagem da Análise Técnica é aproveitar as tendências. Se a tendência é de alta, devemos permanecer comprados nos ativos, mas, se é de baixa, devemos ficar de fora, no aguardo de uma nova oportunidade de entrada.
Isso tem especial relevância na hora de escapar das grandes crises.
- Preparado para começar a operar como um trader profissional? Acesse já o nosso Curso Gratuito de Análise Técnica!
Dúvidas frequentes sobre como comprar ações
Qual o valor mínimo para começar a investir em ações?
Não há um valor mínimo para começar. O pequeno investidor pode, inclusive, comprar uma única ação no mercado fracionário.
Basta digitar o código do ativo com um F no fim. É possível comprar entre 1 e 99 ações dessa forma. Exemplo: PETR4F.
No mercado integral, somente são negociados lotes mínimos de 100 ações. Mas tanto no integral como no fracionários os preços das ações se equivalem.
Qual o melhor tipo de investimento para iniciantes?
Não existe um melhor investimento, seja para iniciantes ou experientes. Dependerá sempre do seu perfil de investidor, objetivos e prazos.
Se é um investidor conservador, o melhor será algo em renda fixa, como um CDB. Se tiver perfil agressivo pode começar a construir uma carteira de ações de longo prazo.
Um perfil moderado suporta investimentos em fundos de ações ou multimercados.
Os objetivos e os prazos são igualmente importantes. Você quer rentabilizar o dinheiro para comprar um imóvel ou fazer uma viagem longa? Ou gerar riqueza para a aposentadoria? Para se aposentar faltam cinco ou 30 anos?
Percebe como a resposta à pergunta sobre qual o melhor investimento dependerá de uma série de fatores?
Dessa forma, o ideal seria preencher um questionário para definir seu perfil e contar com a ajuda de um profissional para alinhar os produtos de investimentos ao seu perfil.
Como investir em ações com 100 reais?
O lote padrão é de 100 ações. Sendo assim, você tem duas opções:
Ou você terá que comprar um lote de ações em que cada papel custe R$1, ou terá que adquirir tais papéis no mercado fracionário.
Lá, você pode comprar de 1 até 99 papéis, e poderá investir tranquilamente com 100 reais.
Quando comprar ações?
Não existe um momento ideal para comprar ações.
Jamais entre na ilusão de que irá acertar o melhor ponto possível de entrada - ninguém consegue isso.
O mais importante é começar logo, pois o tempo é um fator decisivo para seu sucesso no longo prazo.
Conclusão
Agora que você já entende mais sobre como comprar ações, está pronto para montar sua primeira carteira!
Ações são para todos, desde que sua tolerância ao risco permita que você durma tranquilamente quando elas começarem a oscilar negativamente.
Sim, nada sobe em linha reta. Até as melhores empresas do mundo passam por períodos de queda.
O importante é começar logo. O fator tempo terá um peso muito importante na rentabilidade de seus investimentos em ações.
Abra uma conta em uma corretora, conte com a ajuda de um assessor de investimentos e aproveite este incrível mercado.
Para investir como um profissional, é necessário entender como funciona o mercado de ações.
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Até a próxima!