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Como Operar Vendido: O que significa e quando vale a pena esta estratégia?

Operar vendido te permite lucrar a partir da desvalorização de ativos, ou seja, ganhar mesmo na queda! Entenda como isso funciona, se é seguro e quando realmente utilizar essa estratégia na Bolsa!

Day Trade Set 10, 2021

O que vamos discutir neste post?

O que significa operar vendido?

Operar vendido significa ganhar dinheiro na queda dos ativos. Isso acontece quando o trader realiza a venda de um papel mesmo sem possuí-lo, acreditando que os preços vão cair.

Dessa maneira, ele se compromete a comprá-lo no futuro.

Apesar de esse conceito parecer uma grande novidade, se você é um entusiasta do mercado financeiro, já deve ter tido mais contato com ele do que imagina. Te explico o motivo:

Você muito provavelmente já ouviu falar da Crise de 2008, também conhecida como Crise do Subprime, certo?

Essa foi uma crise originada no mercado imobiliário americano, e acabou afetando praticamente todo o mundo nessa época.

A Crise de 2008 foi uma das maiores que Wall Street já enfrentou.
A Crise de 2008 foi uma das maiores que Wall Street já enfrentou.

Entretanto, essa história tem muitas características interessantes.

A primeira delas é: quase ninguém acreditava que o mercado imobiliário iria desabar.

Os grandes bancos, investidores, auditores e inclusive o Governo americano sequer cogitaram que algo aconteceria.

Mas preste atenção quando eu digo que QUASE ninguém acreditava.

Um grupo de gestores, completamente desacreditado, percebeu que algo estava errado.

Eles não só perceberam que algo aconteceria, mas apostaram tudo nisso, de tanta certeza que tinham.

Imediatamente eles operaram vendidos nos títulos imobiliários que acreditavam estar com preços acima do que valiam..

Já que esperavam que esses ativos iriam perder seu valor, se comprometeram a vendê-los pelo preço do momento, e comprá-los após um período (quando eles já estariam desvalorizados).

Essa história é contada nos detalhes no filme “A Grande Aposta”, e é estrelado por Brad Pitt, Christian Bale, e muitos outros atores de renome! É uma história sensacional.

Se você chegou aqui, você já deve ter entendido o conceito de operar vendido. No próximo tópico vamos discutir melhor a diferença entre os modos de operar, e qual deles é o melhor.

Operar vendido x Operar comprado: quais as diferenças?

Enquanto “operar vendido” faz referência a investir esperando a desvalorização, “operar comprado” se refere às operações em que o objetivo final é a valorização do papel.

Ou seja, um é o completo oposto do outro.

Operar vendido e comprado são dois tipos de operações completamente opostas.
Operar vendido e comprado são dois tipos de operações completamente opostas.

A maioria dos traders e investidores operam comprados, no curto, médio e longo prazo.

O próprio fato do conceito de operar papéis que devem se desvalorizar parecer um pouco contrário ao senso comum prova isso.

Além disso, outra diferença entre ambos é que, em operações que duram mais do que um dia, é preciso alugar ações.

Se, por exemplo, você quiser operar vendido na Vale, mas espera comprar este ativo apenas após 2 dias, você precisará alugar essas ações de um doador.

Entretanto, isso não se aplica ao Day Trade. Nessa modalidade você pode apenas iniciar e encerrar sua posição no mesmo pregão.

Operar Vendido ou Operar Comprado: Qual é melhor?

Essa pergunta é extremamente relativa.

Como falamos sempre aqui no Portal do Trader, a maioria das respostas para a pergunta “X é melhor do que Y?” depende do seu perfil de investidor, da sua experiência, do seu capital e do quão disposto você está a arriscar.

Um dos principais fatos que você deve prestar atenção para decidir qual estratégia é melhor é o prazo de sua operação.

Digo isso pois o mercado financeiro reage de maneiras diferentes no curto e no longo prazo.

Enquanto no curto prazo o mercado é mais imprevisível, dependendo muito de atitudes de grandes players, notícias e afins, no longo prazo as bolsas tendem a subir.

Isso acontece principalmente pois o longo prazo traz consigo inovações tecnológicas, aumento da produtividade e eficiência, tendência à diminuição da inflação e etc.

No longo prazo, as Bolsas tendem a se valorizar. Por isso, tome cuidado com o prazo de suas operações.
No longo prazo, as Bolsas tendem a se valorizar. Por isso, tome cuidado com o prazo de suas operações.

Essas características explicam os motivos pelos quais as principais bolsas de valores do mundo tendem a se valorizar ao longo do tempo.

A partir dessas informações, podemos concluir algo sobre qual método de operação é melhor:

Operações vendidas no longo prazo são mais difíceis.

Se você é um trader experiente em detectar sinais de instabilidade nos ativos operar vendido pode ser uma boa opção de curto prazo.

Para essa missão, é comum que os traders se baseiem na análise técnica e gráfica dos papéis.

Uma outra possibilidade, caso consiga fazer uma boa análise fundamentalista, é encontrar ativos que estejam com preços cotados acima do seu preço justo. Assim, uma entrada buscando uma queda dos papéis faria sentido também.

No longo prazo, por outro lado, operar comprado tende a ser mais eficiente e bem menos arriscado.

Como disse logo acima, as bolsas tendem a se valorizar ao longo do tempo, assim como seus ativos.

Nesse caso, operar vendido seria bem difícil. É muito mais fácil apostar na valorização da maioria dos papéis.

Quais as características de operar vendido?

O ato de operar vendido traz consigo uma característica muito importante: você estará torcendo para a desvalorização de um papel.

Por estar operando na ponta contrária, podemos dizer que você estaria atuando momentaneamente como um verdadeiro pessimista - e para os que estiverem comprados, também como um estraga-prazeres.

A felicidade de alguém que operou vendido muitas vezes é o arrependimento de quem estava comprado.
A felicidade de alguém que operou vendido muitas vezes é o arrependimento de quem estava comprado.

Por isso, você deve saber muito bem o que está fazendo.

A depender do prazo de sua operação, é essencial que você faça uma análise técnica e fundamentalista da empresa, para conhecer o terreno em que está atuando.

Como diria Charlie Munger, um dos maiores investidores de todos os tempos na Bolsa de Valores, não há risco se você coloca seu dinheiro em algo que você conhece.

Para este tipo de operação você deve também ter seu psicológico muito bem trabalhado.

Para muitos, torcer pela desvalorização de um papel é bem contra intuitivo, então se prepare mentalmente para lidar com uma situação que, ao menos no começo, pode ser bem diferente.

Tipos de ordens de negociação

Existem diversos tipos de ordens de negociação diferentes na Bolsa de Valores, cada uma delas para uma situação específica.

Nesse tópico, vamos ver as principais delas, que podem ser utilizadas quando estiver vendido em um ativo que você escolher!

A mercado

A ordem a mercado é uma das mais comuns, principalmente quando se trata de Day Trade.

Essa ordem, diferentemente das outras, é conhecida por agredir a melhor oferta no book, ou seja, busca o melhor preço do momento em que é realizada.

Para isso o trader deve inserir o ativo que deseja e a quantidade que quer vender, e a corretora vai em busca do melhor preço para executá-la, o mais rápido possível.

Limitada

Em uma ordem limitada de compra o trader define um preço limite para a execução da operação, e na de venda é determinado um preço mínimo.

Dessa maneira o trader consegue ter muito mais controle, e costuma ser muito utilizada para os adeptos do Swing Trade.

Essa ordem tem como objetivo encontrar o preço escolhido pelo operador, mesmo que demore um pouco mais para ser executada.

Stop loss

A ordem stop loss, é uma ordem para fechar uma posição perdedora quando um determinado preço é atingido. Funciona da seguinte maneira:

O trader, antes de executar a ordem, programa um preço em que ele gostaria de fechar a posição com perda, caso seja atingido.

Se o preço bater, uma ordem é enviada imediatamente para fechar a operação. Esta ordem enviada pode ser À MERCADO ou com um preço estipulado.

Vamos a um exemplo de operação de STOP LOSS quando o investidor está vendido em uma ação:

Digamos que o investidor tenha vendido 1000 ações de VALE3 a R$100,00 e coloque como objetivo o preço bater em R$95,00 e um preço de STOP LOSS em R$105,00.

Dessa forma, se o preço atingir R$105,00 uma ordem será enviada com o preço de saída. Se o preço de saída também for R$105,00 teremos um prejuízo da operação de R$5,00 por ação, que multiplicado por 1000 daria R$5.000,00.

O Stop Loss é sempre uma operação de saída no prejuízo, independente se o investidor está comprado ou vendido.

O.T.O e O.T.O.S

A ordem O.T.O, por sua vez, é um pouco mais avançada.

Nela, o trader consegue definir quando será sua entrada e saída de uma operação em uma única boleta.

Nessa ordem, a entrada é programada como uma ordem limitada e a saída como uma ordem de stop simultâneo.

Por outro lado, na ordem O.T.O.S, a entrada é programada como uma ordem stop, e a saída como uma ordem de stop simultâneo. De resto, ambas são iguais.

Qual o lucro ao operar vendido?

A lógica utilizada para entender qual o lucro ao operar na ponta contrária é a mesma de quando você opera comprado.

Seus lucros são a diferença entre o valor da venda e da compra. Te explico melhor:

Imagine que você, a partir da análise gráfica da Apple, previu uma queda do papel.

Nesse mesmo instante, você entra vendido na ação. Com o objetivo de lucrar com esse movimento, você vende 100 ações da companhia por R$79,00.

Horas depois, o mercado valida a sua previsão. O papel realmente sofre uma queda, atingindo o patamar de R$78,00. E é nesse momento que você decide comprá-lo.

Nessa operação você teve o lucro de R$1,00 por ação. Considerando que você vendeu e comprou 100 papéis, seu lucro final foi de R$100,00.  Nada mal, né?

Obviamente esse exemplo foi bem mais simplificado do que o que ocorre na vida real. Mas a lógica se mantém inalterada.

Controle de riscos

Esse é um ponto em que você deve prestar muita atenção.

Se você acompanha o Portal do Trader há algum tempo, já deve saber que consideramos a gestão de riscos um dos pontos mais importantes para todo trader.

E na hora de operar vendido isso é mais importante ainda. Te explico o motivo:

Quando você está operando comprado, concorda comigo que você consegue perder apenas aquilo que você já investiu? Se comprou um papel por R$40,00, pode perder no máximo esse valor.

Entretanto, quando você está operando na ponta contrária, isso não é verdade.

Nesse tipo de operação, é possível alavancar. Ou seja, é possível perder o que você investiu e também o que você não investiu.

Muito cuidado ao operar alavancado: Você pode perder muito mais do que você imagina.
Muito cuidado ao operar alavancado: Você pode perder muito mais do que você imagina.

Por este motivo você deve prestar ainda mais atenção no controle de riscos quando opta por operar vendido.

Além disso, existe um outro aspecto muito importante: quando você está vendido em ações - em uma operação chamada de “venda à descoberto” - deve tomar mais cuidado ainda.

Digo isso pois essa operação em específico possui ainda mais riscos. Te explico alguns deles a seguir:

  • Não existe qualquer limite de perdas. Existe um máximo que as ações podem se desvalorizar (até R$0,00), mas não existe qualquer teto.
  • Você deverá pagar uma taxa de aluguel ao verdadeiro dono da ação. Nesse tipo de venda, você vende algo que não possui, então deve remunerar o doador da ação, com taxas que podem ser altíssimas

Por conta disso, trace um plano de ação muito bem definido. Isso vai evitar uma enorme dor de cabeça.

Margem de garantia ao operar vendido

A margem de garantia, como diz o próprio nome, funciona como uma garantia à B3 que você conseguirá honrar seus pagamentos.

Esse valor, que ficará retido pela Bolsa de Valores, permite que você opere a descoberto sem precisar ter todo o dinheiro necessário na sua conta. Mas como isso acontece?

Para entender esse processo e como essa margem é calculada, vamos imaginar a seguinte situação:

Você deseja vender 100 ações de uma companhia pelo valor de R$30,00 cada, totalizando R$3.000,00.

Ao invés de você ser obrigado a garantir à Bolsa esse valor cheio, a instituição exige apenas uma parcela dele. Essa parcela varia de ativo para ativo, mas vamos supor que você deva dispor em sua conta R$750,00 (25%).

Com isso feito, você já pode vender seus papéis. Supondo que você conseguiu vendê-los por R$3.000,000, você receberá esse valor integralmente, e só precisa ter os R$750,00 disponíveis para isso!

Ressalto também que é possível que a Bolsa exija um valor maior, em casos específicos. Nesse cenário, você deve enviar mais capital para a conta de sua corretora.

Esse valor de garantia será devolvido integralmente caso sua operação seja um sucesso, e dê lucro. Caso contrário, seu prejuízo será descontado desse montante.

Então, quando vale a pena operar vendido?

A resposta para essa pergunta pode variar muito de acordo com seu perfil, experiência, aversão ao risco e capital.

Mas para não ficar em cima do muro, te digo a minha opinião: se você já é um investidor experiente, domina a análise gráfica e é familiarizado com o risco, pode valer a pena.

Digo isso pois operar vendido exige muito preparo técnico e psicológico. Como disse anteriormente, seus ganhos são limitados, mas suas perdas podem ser ilimitadas.

Um investidor iniciante não deve se expor a esse tipo de risco no começo. Tudo tem seu tempo.

Além do mais, é preciso uma boa experiência técnica para tentar prever o movimento de um ativo. Pois, como sabemos muito bem, o mercado pode muito bem rejeitar todas as nossas teses em um piscar de olhos.

Se você opera há um tempo, já deve ter vivenciado isso. Mesmo quando você tem certeza que determinado movimento irá acontecer, pode ser que ocorra justamente o contrário.

Então se você ainda é um iniciante, não se arrisque na venda a descoberto. Não queira pular etapas e se aventurar em uma operação arriscada até mesmo para os grandes players.

Nesse caso, recomendo que você acompanhe nossos cursos gratuitos de trading e investimentos, disponíveis na Área Aprenda do Portal! Lá, você vai aprender toda a base necessária para começar sua jornada no mercado financeiro com o pé direito, evitando riscos desnecessários!

Conclusão

Nesse artigo, você aprendeu muito sobre como operar vendido, suas características, riscos, vantagens e desvantagens.

Esse é um tipo de operação que, dependendo do nível de trading que você está, pode encaixar como uma luva em sua estratégia.

A possibilidade de ganhar nas quedas, por si só, já é uma ideia maravilhosa. Entretanto, como tudo na vida, há riscos altíssimos para iniciantes.

Para quem está começando, recomendo que faça o "feijão com arroz bem feito”. Acompanhando nossos posts e nossos cursos de trader gratuitos você terá a direção indicada pelos nossos professores, e começa sua jornada com o pé direito.

Inclusive, para você que ainda não está muito acostumado com o mercado financeiro, nós preparamos algo que vai te ajudar a dar seus primeiros passos!

Estamos disponibilizando gratuitamente o nosso curso de investimento em ações, em que você aprenderá a base necessária para começar a investir nos ativos preferidos dos grandes players do mercado!

Aproveite essa oportunidade e comece sua jornada de investidor ao lado dos melhores professores do país!

Espero que esse conteúdo tenha te ajudado, e te espero no próximo post!

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Imagem do autor - Eduardo Becker

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Caio Sasaki

Especialista em Fluxo e Tape Reading e uma das maiores referências do mundo trader no Brasil.

Espero que você aprenda com esse artigo.

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