Mercado de Ações para Iniciantes
Todos os dias muitas pessoas vêm até mim em busca de conselhos sobre investimentos, perguntado: Edu, como é o mercado de ações para iniciantes? Como investir em ações com pouco dinheiro? Como investir na bolsa de valores? Não tem um passo a passo para investir em ações?
E isso me surpreende positivamente pelo ineditismo da situação porque há não muito tempo a maioria das pessoas sequer cogitava a possibilidade de investir em ações.
Hoje temos milhões de CPFs cadastrados nas corretoras e a maioria deles de pessoas ávidas por conhecimento, em busca de um bom curso de mercado de ações para iniciantes.
Pensando nisso, preparei este artigo para ajudar exatamente essas pessoas que querem saber como começar a investir na bolsa de valores.
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Como funciona o Mercado de Ações para Iniciantes?
Até poucos anos atrás, os investimentos de renda fixa reinavam no mercado. Afinal, a taxa de juros da economia proporcionava rendimentos excepcionalmente bons até mesmo quando comparados às taxas oferecidas em outros países.
Mas com as mudanças econômicas recentes, o Brasil viu sua conhecida taxa Selic – aquela que é referência para todos os títulos de renda fixa – cair a patamares de países do primeiro mundo.
Vendo sua renda minguar, muitos investidores decidiram que era hora de aceitar um pouco mais de risco e colocar pelo menos parte da sua poupança no mercado de ações.
Mas essas pessoas logo perceberam que o investimento em bolsa de valores não é tão simplório como a Caderneta de Poupança, em que basta um simples depósito e está tudo resolvido.
Na Bolsa, o investidor precisa saber em que terreno está pisando, conhecer os riscos da renda variável e os potenciais que o mercado oferece a curto e longo prazos.
A Bolsa oferece inúmeros instrumentos financeiros, mas os mais conhecidos são as ações – partes que garantem o direito à propriedade de uma empresa, e só este fato já muda tudo. Sócio não é credor – é sócio.
Isto, entre outras coisas, significa que quem compra ações estará sujeito – tanto quanto o controlador daquela empresa – às variações do mercado.
Na prática ele poderá usufruir da participação dos lucros da empresa quando tudo vai bem, mas também terá o ônus da desvalorização das suas ações quando tudo não for tão bem assim.
E isso já divide os investidores em duas classes: os investidores de fato, que encaram seu investimento do mesmo modo que o empreendedor encara a sua empresa, e os especuladores, que querem comprar ações que valorizem com o tempo para vendê-las com lucro.
Ao se falar de mercado de ações para iniciantes, não há nenhum erro em atuar como investidor, como especulador e até mesmo como ambos. Você só precisa ficar atento a como proceder com cada tipo de estratégia.
Vantagens de investir no Mercado de Ações
Investir ou especular apresentam inúmeras vantagens quando o assunto é o mercado de ações para iniciantes. A primeira e mais evidente é que você agregará valor ao seu dinheiro e à sociedade ao mesmo tempo.
Afinal, quando uma empresa abre o capital e coloca parte de suas ações à venda, ele recebe dinheiro que irá financiar seu crescimento, gerar mais empregos e melhorar a vida da sociedade como um todo.
Duas formas de se ganhar dinheiro com Ações
Como sócio, você poderá ganhar de dois modos: se a empresa crescer, suas ações irão se valorizar e com isso a quantidade de dinheiro que você poupou crescerá junto.
Adicionalmente, esta empresa, gerando lucros, distribuirá parte desses ganhos a seus sócios e você poderá receber periodicamente os proventos pagos pela empresa.
Dividendos – uma excelente fonte de renda
Esses proventos você poderá utilizar para gastos pessoais ou para comprar mais ações de empresas, o que fará com que o seu patrimônio – em termos de quantidade de ações – também cresça. Assim, você ganha de todos os lados.
Mais que a renda fixa
Mas para o especulador também há vantagens: ele poderá, se souber lidar com as variações de preços das ações, obter ganhos inimagináveis para aqueles que conhecem somente a renda fixa.
Mas – sempre tem um mas – para obter esses ganhos, o especulador tem que tomar risco.
Há uma Lei de mercado que diz que quanto maior o risco, maior será a remuneração possível.
Mas o que pouca gente se dá conta é que do mesmo modo que o risco aumenta a possibilidade de ganho, ele fará também aumentar a possibilidade de perda, e isso muda tudo.
Acostumadas à renda fixa, poucas pessoas estão preparadas para ver seu rico dinheirinho diminuir de tamanho durante uma crise e muitos, assustados, acabam vendendo suas ações a preço de banana, realizando prejuízo.
E para piorar, passada a crise, assistem aquelas ações subirem tudo novamente, ultrapassando o ponto em que estavam antes da queda.
Ou seja, quando falamos de mercado de ações para iniciantes, é muito importante entender que investir em bolsa têm mais riscos que a renda fixa.
Diversificação
Tanto para o investidor de longo prazo como para o especulador, a diversificação talvez seja o maior trunfo desses tipos de investimento.
Ações são partes de empresas, e estas participam de diversos setores da economia.
E como todos sabemos, nem todos os setores andam juntos. Empresas exportadoras têm receitas em dólar, empresas de alimentos, medicamentos e energia elétrica apresentam maior estabilidade em suas receitas, empresas pequenas tendem a crescer, empresas maduras pagam mais dividendos.
Se você diversifica seus investimentos em diversos tipos de empresa, acabará mitigando o risco intrínseco aos investimentos em renda variável.
E para um especulador, seu risco também será suavizado se ao invés de colocar todo o seu dinheiro em uma única operação – que poderá não dar certo – ele distribuir seus investimentos em alguns ativos, o ganho de uns compensará uma eventual perda de outro
Como Funciona a Bolsa de Valores?
Quando falamos do mercado de ações para iniciantes, muitos ainda não entendem exatamente como funciona a Bolsa de Valores. Então, vamos lá!
A bolsa é basicamente como um grande mercado onde o investidor poderá escolher onde alocar a sua poupança e usufruir da valorização dos ativos e participar de seu crescimento e dos lucros.
As empresas listadas, por sua vez, obterão dinheiro para financiar seu crescimento além de visibilidade no mercado, o que poderá indiretamente favorecer seus negócios.
É importante saber que nenhum investidor compra ou vende ações diretamente na Bolsa – que no Brasil é chamada de B3.
Toda e qualquer negociação de ações deverá ocorrer necessariamente com a intermediação de uma Corretora de Valores.
Portanto, se quiser começar a investir, a primeira coisa que você deverá fazer é abrir uma conta em uma corretora de seu agrado.
Caso não conheça nenhuma, faça uma pesquisa em fóruns da internet ou no próprio site da CVM.
Depois disso, é necessária a transferência de dinheiro para a sua corretora e tomar a sua decisão de investimento utilizando para isso algum tipo de análise, seja análise técnica (usualmente para especulações de curto e médio prazo) ou análise fundamentalista (mais utilizada para investimentos de longo prazo)
Você pode comprar ações a partir de uma (01) unidade ou em lotes de 100 Ações, o que é mais comum.
Quando o papel atingir o seu objetivo de preço, basta fazer a operação inversa, ou seja, vender a ação e o dinheiro resultante dessa venda será disponibilizado em sua conta na corretora dois dias depois.
Se pretender ficar com a Ação para receber dividendos, todas as vezes que ele for pago, o dinheiro relativo a ele também será disponibilizado na sua conta na corretora.
Se você gosta da ideia de receber dividendos, é importante ficar de olho no calendário de pagamentos de dividendos da empresas, disponíveis em diversos sites da internet.
Melhores Investimentos Para Iniciantes na Bolsa
Embora existam muitas possibilidades para investimento e especulação na Bolsa, alguns ativos são mais apropriados para o investidor iniciante e que ainda não está acostumado com o vai-vem dos preços
Fundos Imobiliários
Se você nunca comprou uma ação ou se a única coisa que você conhece é a Renda Fixa, a porta de entrada que eu sugiro a você são os FII – Fundos de Investimento Imobiliário.
Um FII é basicamente o investimento em imóveis para aluguel. Um Fundos coleta dinheiro de investidores, compra um ou mais imóvel e os aluga.
Pela Lei, 95% do lucro líquido do fundo é distribuído aos cotistas sob a forma de dividendos que são – até hoje, Junho/2021 – isentos de Imposto de Renda.
Além do fluxo de renda regular – mensal na imensa maioria dos FIIs – existe a possibilidade da valorização das cotas (afinal, imóveis valorizam com o tempo).
E se o Fundo resolver deixar de existir – o que é bem raro acontecer – os imóveis serão vendidos e o dinheiro rateado entre os cotistas na proporção de suas cotas.
E como um FII não pode ter dívidas, então não haverá débitos grandes a serem pagos.
Uma das grandes vantagens dos FIIs é que eles são menos voláteis do que as ações. Na prática significa que os solavancos do mercado afetarão o valor das cotas com menos intensidade do que acontece com as ações.
Ações de empresas sólidas
Na Bolsa você encontra de tudo, desde ações bem ruins até ações de empresas absolutamente sólidas e confiáveis.
Se você está entrando agora no mundo dos investimentos, procure saber quais as empresas listadas que são mais conhecidas por sua estabilidade e segurança.
Uma rápida pesquisa na internet e você verá que todo mundo fala bem de algumas empresas.
Geralmente são grandes Bancos, Seguradoras, fabricantes de equipamentos, empresas de saúde, exportadoras e assim por diante.
Essas empresas costumam ter muitas décadas de Bolsa e é dificílimo você ver alguém sério falar mal.
Comece por essas empresas. Compre um pouco todos os meses, diversificando. Se você souber pesquisar direito, verá que algumas das suas escolhas iniciais ficarão com você por muitos anos.
Ações de empresas pagadoras de dividendos
Esta dica serve para iniciantes, mas a estratégia de investimento em uma carteira de dividendos (ou Carteira Previdenciária, como se costuma dizer), é a estratégia por excelência de muitos dos milionários da bolsa.
A estratégia parece muito simples – e realmente é – mas requer disciplina, paciência e tempo por parte do investidor.
Sim, é uma estratégia que, se bem executada, poderá garantir o seu sustento no futuro.
E, claro, o tempo que vai levar para que ela dê frutos, dependerá da escolha das ações, dos aportes que você fará em sua carteira periodicamente e – a parte mais importante – o reinvestimento dos dividendos recebidos convertendo-os em mais ações da própria carteira.
É uma estratégia relativamente fácil de se fazer mas, como eu disse, leva tempo, pelo menos uns 10 anos ou mais, a depender dos seus aportes.
As empresas que mais se adequam a esse perfil são as empresas de Saneamento, Elétricas, Bancos e Seguradoras e Telecomunicações.
Como analisar as ações?
Embora existam muitas técnicas que podem ser aplicadas na análise das ações, o mercado de ações para iniciantes conta com basicamente duas escolas de análise, e é sobre elas que falaremos a seguir.
Lembrando que não existe a melhor escola, o melhor método ou a melhor forma. Cada uma delas permite obter um olhar para o investimento que se quer realizar
Análise técnica
Esta é aquela análise que geralmente vemos na televisão ou na internet quando os grandes analistas se referem à ativos da Bolsa.
O analista técnico baseia suas decisões nos gráficos do preço, neles buscando padrões que se repetem.
É uma ferramenta cujo processo decisório sobre qual ação comprar e até onde ela poderá valorizar-se baseia-se em probabilidade e estatística.
A análise técnica é mais comumente utilizada por investidores especuladores e ele possibilita ganhos atraentes, mas nunca devemos nos esquecer que na especulação com ações, grandes ganhos implicam em tomar mais risco.
E esses riscos, se não controlados, podem levar igualmente a grandes perdas.
Análise fundamentalista
Esse tipo de análise é aquele que mais comumente vemos nas escolas e faculdades.
Ela parte na análise dos fundamentos econômicos e financeiros das empresas, seus indicadores de qualidade, gestão e crescimento, além de análises do setor onde a empresa atua e seus concorrentes.
Dá um pouco mais de trabalho, mas a vantagem é que, como é empregada para investimentos de longo prazo, você não precisa ficar analisando as empresas da sua carteira todos os dias.
Geralmente um investidor que baseia suas decisões e acompanha a evolução das ações e sua carteira com base na análise fundamentalista, costuma acompanhar trimestralmente a evolução de suas empresas e, uma vez por ano, faz uma avaliação mais profunda sobre seus investimentos.
O Augusto Andréa, economista, escreveu um artigo bem bacana sobre o assunto que vale a pena você conferir.
Dicas para quem está começando a investir
Separei aqui algumas dicas para quem está dando seus primeiros passos no mundo dos investimentos e não tem muita certeza por onde deve começar
Conheça o seu perfil investidor
Este é o passo fundamental: conhecer-se e também descobrir qual o seu perfil de tolerância a risco.
Bancos e Corretoras costumam classificar as pessoas em três perfis: Conservador, Moderado ou Agressivo e, baseados nisso, indicam investimentos de maior ou menor risco.
Mas o mundo não é tão simples. Perceba que seu perfil de tolerância a risco muda de acordo com sua idade, situação social e até mesmo fase de vida.
Se você é jovem, tem dinheiro e bastante saúde, talvez não tenha medo de arriscar o seu dinheiro.
Mas o mesmo jovem, se não conhecer absolutamente nada de investimentos em renda variável, talvez adote temporariamente um perfil conservador.
Um senhor na faixa dos 70 anos tende a ser mais conservador do que aquele jovem. Mas se este mesmo senhor viveu a vida inteira investindo em bolsa, ele tende a ter um perfil mais arrojado.
Um investimento para juntar dinheiro para a viagem de férias de final de ano deve ser feito em ativos mais conservadores como a renda fixa.
Afinal, você não quer assistir uma baixa repentina do mercado arruinar seus planos de viagem.
Então, e por tudo isso, conhecer o seu perfil de investidor é fundamental na hora de escolher uma estratégia de investimentos.
Estude
Sim, o mundo mudou e vivemos na era do conhecimento. Você certamente não deixaria seu dinheiro nas mãos de uma pessoa que não entendesse nada sobre investimentos.
Então, não seja essa pessoa.
Antes de alocar a sua primeira moedinha, procure entender o que está fazendo.
Conheça o mercado, estude sobre ações, faça um curso de análise fundamentalista, outro curso de análise técnica, estude sobre Fundos Imobiliários e aprenda como investir na bolsa de valores.
Quanto mais você souber, melhores decisões de investimento você irá tomar.
E mesmo que você decida acatar decisões de investimento de uma dessas casas de análise, você deve saber o que os analistas estão fazendo com o seu dinheiro, até mesmo para questionar se o trabalho deles está alinhado com suas expectativas pessoais.
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Monte uma carteira com ações focadas em dividendos
Como dissemos, uma carteira focada em dividendos é razoavelmente tranquila de se montar – a escolha dos ativos limita-se a poucos setores – além de ser bastante fácil de manter.
Esse tipo de carteira ainda apresenta a inquestionável vantagem de, no futuro, e se bem administrada, garantir a você e aos seus descendentes uma renda passiva perpétua.
É o dinheiro trabalhando por você, ao invés de você trabalhando por dinheiro.
Empresas tradicionais pagadoras de dividendos são Bancos, Empresas de energia elétrica – particularmente as transmissoras, Seguradoras, Saneamento e Telecomunicações.
Mas o fato de uma empresa pertencer a um desses setores não é garantia de que a empresa é boa.
Você precisará avaliar a qualidade dessas empresas e, no caso de uma carteira de dividendos, isso se faz com análise fundamentalista.
Monte uma carteira de Fundos Imobiliários
A primeira coisa que você deve entender sobre FIIs é que eles podem ser classificados entre mono e multi ativos, mono e multi inquilinos e mono e multi região.
Um FII que possua somente um Shopping, por exemplo, é mono ativo (só tem um prédio), mas é multi inquilino (tem vários lojistas).
Um FII que tenha somente um prédio que esteja alugado para uma única empresa, é um mono-mono-mono, ou seja, mono-ativo, mono-inquilino e mono região.
O iniciante, ao montar sua carteira de FIIs deve concentrar- se nos multi-multi-multi, ou seja, um FII que possua vários imóveis, muitos inquilinos e que esses imóveis estejam espalhados por várias regiões geográficas (de preferência, várias regiões do Brasil).
Isso trará segurança ao FII sem prejuízo da rentabilidade.
Também deve haver uma alocação entre inquilinos que tenham contratos longos, reajustados pelo IPCA e inquilinos com os contratos padrão de aluguel, reajustáveis pelo IGP-M.
Uma boa carteira de FIIs deve ter no mínimo 5 Fundos sendo ideal uma alocação de 10 a 15 fundos.
Fáceis de compreender, os FIIs são uma forma bastante segura de criar sua primeira carteira de renda variável, com a vantagem de se obter de imediato uma renda mensal (algo que não necessariamente ocorre com uma carteira de ações)
Mercado de ações para iniciantes: Como começar a operar?
Se você pretende especular com ações, sua primeira tarefa será fazer um curso de análise técnica.
Pronto para melhorar suas operações? Comece nosso Curso de Análise Técnica!
Começar grátisDepois, você deve treinar as operações sem colocar dinheiro de verdade até encontrar um método operacional que funcione para você.
Só então coloque seu dinheiro em quantidade suficiente para comprar pelo menos 200 ações, pois dessa maneira você poderá usar metade do seu capital para operar uma ação e a outra metade para operar outra ação, o que já ajuda a diversificar.
Mas não se esqueça: estamos no mundo do dinheiro. Se você quer ganhar bastante dinheiro, terá que ter um capital maior. Um capital pequeno servirá apenas para você aprender a operar.
Quando estiver se sentindo seguro(a) da qualidade de suas operações, você poderá aumentar gradativamente a quantidade de dinheiro alocada para esse tipo de operação.
Principais estratégias usadas para investir em ações
Quando falamos de estratégias no mercado de ações para iniciantes, existem muitas opções. Algumas bastante simples, outras bastante sofisticadas.
A escolha dependerá, claro, do seu grau de conhecimento, interesse, tempo e disposição para se dedicar aos investimentos.
Se você gosta do seu trabalho e só quer investir na Bolsa para criar patrimônio e renda, uma carteira previdenciária é o ideal.
Se você quer apenas renda passiva, mas com maior segurança, pode fazer uma carteira distribuída entre FIIs e Títulos do Tesouro com pagamento de juros semestrais.
Mas se você pretende montar uma carteira que se valorize bastante e você tem um perfil mais agressivo, poderá montar uma carteira de Small Caps – empresas de menor porte que apresentam potencial de crescimento.
Lembrando que algumas dessas empresas, principalmente as novas, poderão não dar certo, o que irá aumentar o risco de sua carteira.
Mas se você tem um perfil mais conservador, aloque seu dinheiro em empresas mais maduras mas que atuem em mercados com potencial de crescimento.
Se você lida bem com o risco e deseja buscar uma alta rentabilidade para o seu dinheiro, então o seu caminho pode ser a especulação financeira com ações em uma modalidade chamada Swing Trade, que é quando você compra ações e permanece com elas por no mínimo dois dias e em média algumas semanas, auferindo lucro ou prejuízo na operação.
Nesse caso, é bom você ter uma quantidade maior de capital porque algumas dessas operações podem resultar em prejuízo e, se você fizer esse tipo de movimentação com algumas empresas – sendo cinco ações um bom número – você consegue reduzir um pouco esse risco.
Como você pode ver, o mercado de ações para iniciantes não é limitado a um único caminho.
Existem riscos de operar no mercado de ações?
O mercado de ações para iniciantes possui sim riscos. Mas também existem riscos no seu trabalho, existem riscos na escola, existem riscos na vida.
E o que a gente deve fazer diante desse mundo perigoso? Claro, controlar esses riscos.
Não invista em ações achando que é igual renda fixa, com rendimentos mensais e valorização das ações mês a mês porque isso raramente irá ocorrer.
O mais comum é o mercado passar por ciclos de alta e de baixa.
Se você é um investidor de longo prazo ou se tem uma carteira previdenciária, e se soube escolher empresas excelentes, fique feliz com as quedas na bolsa porque as ações que você investe estarão mais baratas, a preços promocionais e o dinheiro fruto do seu trabalho será capaz de comprar uma quantidade maior de ações nesses momentos.
Mas cuidado: faça isso com ações de empresas inquestionavelmente boas.
Livros sobre Mercado de Ações
Para você começar, vou indicar aqui dois ótimos livros de mercado de ações para iniciantes para começar a entender sobre investimentos.
Um deles que ensina como funciona o mecanismo da criação de riqueza e como se desenvolve a inteligência financeira.
O outro livro é para você aprender como analisar uma empresa do ponto de vista da análise fundamentalista.
Pai Rico, Pai Pobre – Robert Kiyosaki
Um dos livros sobre finanças mais lidos, que explica a diferença entre ativos (coisas que colocam dinheiro no seu bolso) e passivos (coisas que tiram dinheiro do seu bolso).
Quando você compra um ativo, no mês seguinte você recebe mais dinheiro, sem ter que trabalhar por ele.
E quando você compra um passivo, no mês seguinte tem um boleto para você pagar.
Ensina também como colocar o dinheiro para trabalhar para você e explica por que a maioria das pessoas não consegue sair do ciclo: trabalhar para pagar as contas e não ficarem ricas nunca.
Avaliando Empresas, Investindo em Ações – Carlos Alberto Debastiani
Debastiani é um autor conhecido por seus livros de análise técnica, mas seu grande destaque é este livro de análise fundamentalista.
Com uma excelente didática, o autor mostra que não é preciso ser uma genialidade em finanças para tomar decisões acertadas de investimento.
Ele explica de maneira clara e acessível como analisar indicadores de mercado e do balanço contábil das empresas.
Recheado de exemplos práticos e ilustrações, o livro realmente eleva o nível de conhecimento de seus leitores, capacitando-os a investir melhor em ações.
Como aprender a investir na bolsa do zero?
Existem duas formas de se aprender qualquer coisa: sozinho ou através de um curso.
Aprender sozinho requer disciplina, paciência, habilidade de pesquisa e capacidade de tirar conclusões sem a ajuda de ninguém.
Se fizer um curso, como o Investindo em Ações, você contará com a experiência e o conhecimento de quem já percorreu o caminho que você pretende percorrer, o que pode lhe ajudar a poupar muito tempo.
Quando você assiste um curso de mercado de ações para iniciantes – pago ou gratuito – você está tendo uma curadoria do conhecimento, ao passo que quando estuda sozinho(a) o(a) curador(a) é você, que terá que saber o que é joio e o que é trigo.
Pensando nisso, o Portal do Trader tem dois cursos gratuitos sobre investimentos, os quais apresentamos aqui para você:
Investindo em Ações – Curso Gratuito
Esse curso é essencial quando o assunto é mercado de ações para iniciantes. Ele é completo, introdutório, ensina o que é uma ação, como uma empresa abre seu capital para poder vender ações na Bolsa, quais as classes de ações existentes e ainda mostra as várias formas de se ganhar dinheiro com ações, como dividendos, ganhos de capital e aluguel.
Acesse o curso a partir deste link.
Análise Técnica – Curso Gratuito
Se você tem um perfil um pouco mais especulativo ou mesmo se deseja aprender como funciona a análise através de gráficos, o curso gratuito de Análise Técnica é para você.
Nele você aprenderá os conceitos básicos que constituem o gráfico, seus principais padrões e movimentos, além de aprender sobre setups que nada mais são do que um conjunto de regras que permitem você operar os ativos nos quais deseja investir.
Conclusão
O mercado de ações para iniciantes, embora não seja tão simples como colocar seu dinheiro na poupança, também não é um bicho de sete cabeças.
Atualmente, com a disseminação de conteúdos por toda a internet, fica bastante fácil a qualquer investidor acessar, aprender e utilizar as informações disponíveis para potencializar a rentabilização de seu capital.
Um grande erro é confundir o investimento e até mesmo a especulação em renda variável com uma forma de garantir o sustento da família.
Já é extremamente arriscado contar com somente uma fonte de renda, mas se essa única fonte de renda for proveniente da atividade especulativa, o investidor estará arriscando-se demais e desnecessariamente.
Sim, claro que é possível viver da especulação financeira. Mas não é com pouco dinheiro, pouco esforço e pouco tempo que se consegue atingir esse objetivo.
Portanto, foque em seu trabalho, poupe parte dos seus ganhos e invista diligentemente de acordo com seu perfil e objetivos.
E se você quer mesmo viver da especulação, prepare-se.
É uma das profissões que mais apresentam dificuldades ao postulante a um lugar no Olimpo dos especuladores, além de exigir muito capital, controle emocional e dedicação integral por muitos meses e, dependendo do perfil da pessoa, muitos anos.
É isso, não deixe de fazer o Curso Gratuito Investindo em Ações e até ao próximo post!